Levantamento da Secretaria da Fazenda (Sefaz) aponta queda de R$ 1,58 bilhão na arrecadação do ICMS, entre 1º de maio e 18 de junho. O dado foi apresentado pelo próprio governador, Eduardo Leite, em reunião com os prefeitos na Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul). Conforme técnicos da pasta, antes da catástrofe climática a previsão de arrecadação era R$ 6,74 bilhões; no entanto, no período entraram nos cofres R$ 5,16 bilhões, ou 23,4% abaixo do esperado.
A maior parte da queda foi em junho, quando os impactos das enchentes foram sentidos com maior força. Dos R$ 2,77 bilhões esperados do Imposto neste prazo pouco maior de uma quinzena, foram arrecados R$ 1,88 bilhão, correspondente a uma queda de 32,1%. Neste mês estão entrando valores de maio, mês com maior impacto dos eventos meteorológicos. Inclusive, é possível que haja uma perda um pouco maior, porque o ICMS trabalha com um certo atraso.
O governador também apresentou as iniciativas em desenvolvimento dentro do Plano Rio Grande, que já contabiliza R$ 906,7 milhões investidos.
Novo Hamburgo já perdeu mais de R$ 5 milhões
Também foram apresentados os 30 municípios que mais tiveram perdas de ICMS durante o período de 1º a 18 de junho. Somente neste grupo foi verificada uma perda de R$ 169,19 milhões do Imposto sobre circulação comercial.
Entre as cidades mais afetadas estão Canoas (R$ 24,2 milhões), Porto Alegre (R$ 23,6 milhões) e Caxias do Sul (R$ 16,09 milhões).

No Vale do Sinos, Novo Hamburgo observa queda de R$ 2.242.598,33 em maio e R$ 2.892.626,83 na primeira quinzena deste mês; São Leopoldo R$ 2.454.499,05 e R$ 3.165.948,05; Esteio teve quedas de R$ 1.454.965,05 e R$ 1.876.694,05; e Sapucaia do Sul R$ 1.171.059,38 e R$ 1.510.496,88.