Seja no campo de futebol de várzea, no estádio profissional, nas quadras, nas pistas e, até, nos ares, a região revela sua relação intrínseca com o esporte. E muito desse espírito desportivo se deve à chegada dos primeiros imigrantes alemães, em 1924. Na mala, as famílias germânicas trouxeram o gosto por diversas modalidades. Uma delas é o bolão, que chegou ainda rústico por aqui e, hoje, conta com espaços modernos e federações bem organizadas. Do “esporte da amizade”, como é conhecido, ao voleibol e punhobol, citando apenas alguns, a região viu atletas de alto nível nascerem e serem “exportados” para outros locais.
Mas não são só os jogadores de alto rendimento que usufruem do DNA esportivo desta terra. O futebol de várzea, origem dos dois principais clubes profissionais do Vale do Sinos, também movimenta a comunidade e garante a diversão dos atletas amadores nos finais de semana. Com direito, até mesmo, a campeonatos municipais organizados pelas prefeituras.
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Já no âmbito do futebol profissional, o Esporte Clube Novo Hamburgo e o Clube Esportivo Aimoré disputam o coração dos hamburguenses e capilés, mesmo com a hegemonia dos times da Capital na preferência dos torcedores. No “clássico do Vale”, o Noia tem a vantagem histórica no confronto, com o dobro de vitórias em relação ao histórico rival e o título de campeão gaúcho, em 2017. E as provocações acontecem de lado a lado. Os torcedores do Aimoré se referem ao adversário de forma pejorativa como “Floriano” — nome adotado pelo clube em 1944, como homenagem a Floriano Peixoto, segundo presidente da história do Brasil, após pressão do governo de Getúlio Vargas, e que se manteve até 1968. Os anilados, em resposta, minimizam as ironias e retrucam com outra, dizendo que a rivalidade do Aimoré é com o Sapucaiense. Afinal, eles estão no panteão dos campeões gaúchos da Primeira Divisão, e o Índio Capilé, apenas da Divisão de Acesso — a conhecida “Segundona”.
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