Novohamburgo.org – E que tal Novo Hamburgo?
Zimmermann – Bom, depois que cheguei aqui, em julho de 1989, inicialmente passei a trabalhar a educação sindical com diversos sindicatos de trabalhadores, especialmente aos trabalhadores das indústrias calçadistas. E é daí a minha ligação com o setor do sapato. Cheguei na fase boa do calçado quando o setor empregava 36 mil sapateiros com carteira assinada e também pude ver o segmento despencar e chegar a parte mais difícil da crise em 1999, quando sobraram pouco mais de seis mil postos de trabalho de sapateiros. Hoje o setor se recuperou um pouco e está gerando cerca de dez mil empregos.
Novohamburgo.org – E quando o senhor iniciou na vida política?
Zimmermann – Foi só em 1996 q ue os filiados do Partido dos Trabalhadores indicaram pela primeira vez o meu nome para disputar como candidato a prefeito de Novo Hamburgo. Foi uma experiência e tanto e conseguimos dar a largada para que o partido começasse a trilhar em direção a assumir o Executivo hamburguense. Naquela oportunidade conseguimos 13.794 votos e elevamos de 1 para 3 o número de vereadores. Foi um salto e o PT conquistava seu melhor resultado depois de longos anos de trabalho e acostumado que estava a receber em torno de 8 mil votos.
Minha vida política começou em 1996 quando o Partido dos Trabalhadores me indicou para concorrer a prefeito de Novo Hamburgo
Novohamburgo.org – E quando o senhor chegou a Câmara dos Deputados?
Zimmermann – Em 1998 fui candidato a deputado Federal. Fiquei na primeira suplência e fiz 42.600 votos. Mas o meu partido ganhou a eleição para o governo do Estado e eu assumi a secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, em 1999. E naquele mesmo ano tive o privilégio de assumir como deputado Federal pelo fato de ter sido o primeiro suplente do Beto Albuquerque, que deixou o parlamento para assumir a secretaria de Transportes do RS. Só assumi e me licenciei de imediato, para ficar no governo do Estado. Acabou assumindo na minha vaga o deputado Orlando Desconsi, de Santa Rosa. Depois na segunda disputa a deputado federal, em 2002, eu já fiz 106 mil votos e fui o terceiro mais votado da bancada. Na eleição de 2004 eu voltei a disputar a eleição para prefeito de Novo Hamburgo onde eu alcancei algo em torno de 31% do eleitorado e 42.324 mil votos. Em 2006 voltei a disputar uma vaga para a Câmara Federal e fiz novamente os 106 mil votos.
Novohamburgo.org – A união de forças com o PDT, PR, PRB, PcdoB, PTC e o parcial apoio do PTB garantiu a vitória ao PT, em 2008, para o Executivo de Novo Hamburgo?
Zimmermann – Sim. Graças a união de forças eu fui eleito com mais de 10 mil votos a frente do segundo colocado. A população destinou ao Partido dos Trabalhadores e a frente um total de 70.442 votos, o que representa 51,5%, contra 42% do atual prefeito, Jair Foscarini (PMDB), que contabilizou 57.921 votos. Já o Ralfe Cardoso (PSOL) terminou a eleição com o índice de 6,5%, chegando aos 8.933 votos.