Novohamburgo.org – E depois de conhecer a Suzana?
Wilimzig – Bom, como já falei, depois que conheci a Suzana e após ter passado umas férias no Brasil naquele final de 1998, ficamos quatro anos namorando a distância e só em meados de 2002 resolvi que era hora de vir morar no Brasil e ficar junto da Suzana. Foi muito difícil deixar familiares e amigos para vir fazer novos por aqui. Não tive dificuldades de adaptação, pois, já havia trabalhado em vários paises da Europa e em cada um deles precisei sempre me habituar aos costumes e a cultura local. Sou bastante flexível. Contei também com o apoio fundamental dos familiares da Alemanha como da minha nova família no Brasil. Hoje eu continuo tendo a cidadania Alemã, porém, conquistei o visto permanente para morar no Brasil.
Novohamburgo.org – E como está o teu trabalho por aqui?
Wilimzig – Olha estou desenvolvendo um projeto de conclusão da restauração do patrimônio histórico da antiga igreja matriz de Dois Irmãos e ainda um outro trabalho junto ao Hospital Regina.
Uma nova vida – uma história de amor com uma brasileira
Novohamburgo.org – Você é presidente do Movimento Roessler. Como estas vendo a questão ambiental na cidade?
Wilimzig – As pessoas precisam se preocupar em cuidar mais do ambiente em que vivem e ter a responsabilidade de preservá-lo. É importante não suja-lo. Uma das situações que me preocupa no município é a falta de esgotamento cloacal em todas as casas construídas antes de 1992. Minhas preocupações ambientais aumentam à medida que sou uma pessoa com hábitos de se envolver e participar ativamente da sociedade, pois acredito que quem não participa da solução dos problemas depois não tem direito de reclamar. Uma coisa que me chama muito a atenção, comparando Brasil e Europa é que aqui as pessoas não têm o hábito de reclamar do que está errado, porque estava habituado a ver na Alemanha os cidadãos brigarem muito por seus direitos.
Novohamburgo.org – Deixe alguma dica para as pessoas que se preocupam com o futuro de Novo Hamburgo.
Wilimzig – Eu trabalho a criação de uma nova mentalidade junto as crianças brasileiras de que é muito importante que elas participem do dia-a-dia da construção da sociedade local e ainda criem o hábito de reclamar de tudo que estiver errado na construção de uma comunidade mais humana e brigar por uma vida com muito mais dignidade.