Markus Wilimzig cruzou o oceano Atlântico em busca de uma nova vida
Entrevista realizada em 09/06/2008 no escritório de Markus Wilimzig, na Vila Nova, em Novo Hamburgo/RS
O biólogo alemão Markus Wilimzig adotou o Brasil desde 2002 depois que se casou com a arquiteta hamburguense Suzana Vielitz de Oliveira e juntos estão trabalhando em ramos diferentes, mas com o propósito em comum de garantir a preservação do patrimônio histórico e cultural, para que possa ser apreciada pela geração atual e por aquelas que ainda virão. Conheça a seguir um pouco da trajetória de jovem biólogo que esta prestes a completar 50 anos.
O biólogo alemão Markus Wilimzig vive um momento especial em sua vida, a qual deverá ser mais completa ainda a partir deste segundo semestre de 2008, considerando que em 18 de agosto ele chegará aos 50 anos, e no final do ano, também, estará completando dez anos, de sua primeira viagem de férias que fez ao Brasil, onde ficou hospedado na casa do amigo Arno Kayser, em Hamburgo Velho, e quando teve a oportunidade de começar a tornar realidade o sonho de viver um novo e grande amor, com sua companheira, a arquiteta hamburguense, Suzana Vielitz de Oliveira.
Wilimzig recebeu a reportagem do portal novohamburgo.org em sua casa, situada numa rua tranqüila, da Vila Nova, em Novo Hamburgo. No mesmo endereço, mais especificamente na parte frontal da casa funciona o escritório de trabalho dele e de Suzana. Naquele espaço bonito e acolhedor eles vivem um romance a dois que hoje segue sereno e calmo, mas que nem sempre foi assim, porque no início a turbulência era percebida especialmente durante as diversas viagens aéreas feitas entre Porto Alegre e Berlim, durante o namoro.
Foram, diz Wilimzig, quatro anos vividos a distância – que de vez em quando era rompida por idas e vindas deles para rápidas visitas. Foram períodos em que valia as trocas de e-mails e as conversas por telefone e até pela internet. Aquilo passou a acontecer desde o dia em que eles se conheceram, no final do ano de 1998, durante o desenvolvimento de um projeto de restauração de uma parede da catedral da cidade alemã de Fulda, no estado de Hessen, a serviço do Instituto de Patrimônio Histórico daquele município alemão, o qual fica situado na região Central da Alemanha.
Wilimzig conta que a primeira impressão que ele teve do Brasil ao chegar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e durante o trajeto de deslocamento entre a Capital Gaúcha e Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, era de que as imagens que visualizava não combinavam em sua cabeça naquele final do ano de 1998. “Pensei: isso não pode ser o Brasil, pois não estou vendo nada exótico e ainda estou apreciando uma arquitetura rica e bela e muito semelhante a que eu estava acostumado a apreciar na Alemanha”, narra.
O Biólogo era visto logo que chegou em 2002 para morar em Novo Hamburgo, caminhando pelas ruas dos principais bairros de Novo Hamburgo, apreciando a arquitetura e observando tudo muito atentamente e com seu porte elegante, fazia longas caminhadas, sempre com muita calma. Algumas vezes ele era visto na companhia de seu cachorro, muito branco e com pêlos enormes. Outras vezes a gente encontrava-o de bicicleta. Seus olhos azuis e a pele branca o tornavam um cidadão diferente entre os transeuntes, de pele curtida pelo efeito do sol tropical.