Como está a participação do vice-governador Paulo Afonso Feijó no governo?
O vice-governador faz parte de um governo. Participou da elaboração do plano de governo que foi eleito pelos gaúchos. Ele precisa se integrar mais a esta realidade. O governo está enfrentando frontalmente a crise do Estado, e é preciso que todos estejam coesos para o sucesso do Rio Grande. A governadora Yeda com certeza nos conduzirá para um futuro melhor.
Pelo vice-governador, o Estado privatiza todas as estatais, não é? Vende a Corag, a Sulgás, o Banrisul?
Eu sou contra isso. Não dá para achar que vendendo o Banrisul resolveremos todos os problemas. A Yeda está no caminho certo e vai conduzir o Rio Grande para o lugar que ele merece estar. Em quatro anos teremos outro cenário, muito diferente das dificuldades com as quais o nosso governo está lidando agora. Estamos no caminho certo. E a governadora sabe o rumo, o caminho que devemos fazer.
Não dá para achar que vendendo o Banrisul resolveremos todos os problemas.
O veto do aumento do salário dos servidores da Justiça é um exemplo: ela não está com medo de enfrentar os problemas do estado. É uma medida antipática, mas não tem dinheiro. E ela tem responsabilidade. A Yeda está governando para todos os gaúchos. O compromisso dela não é com A, B ou C. O compromisso dela é com todos os gaúchos. Este governo tem rumo.
Quando o senhor administrou Santa Maria do Herval a cidade foi apontada como a primeira do país em distribuição de renda. De que forma o estado pode garantir que não falte emprego, água encanada e luz, e que não existam favelas ou crianças fora da escola?
O Estado tem dois problemas crônicos que precisam ser resolvidos. Tem a questão da dívida que consome um percentual muito grande do orçamento, cerca de 19%, e agravado pela forma como se dá o reajuste anual. O segundo é a questão do fundo previdenciário. Dos 650 milhões da folha do Estado, 51% é para pagar os inativos. São mais de 300 milhões que poderiam ser investidos. Aí o Estado não tem o valor para repassar da Lei Kandir, penalizando a sociedade num todo. Somam-se estes pontos em detrimento do poder de investimento do Estado.
Em Santa Maria do Herval, chegamos a estes índices e a este reconhecimento por parte da ONU através do planejamento que envolveu a criação de creches e qualidade nestas creches, para que as mães pudessem trabalhar e auxiliar no orçamento doméstico, incentivo ao setor primário, a piscicultura, agricultura e pecuária, valorização do trabalho neste setor e exaltando o trabalho destas pessoas através da Kartoffelfest (Festa da Batata), que por sua vez evidenciou nosso potencial turístico incluindo as belezas naturais da cidade.
E, por outro lado, o incentivo a diversificação do plantio, além de potencializarmos a indústria e o comércio dentro do município. Encontramos uma solução muito boa para o problema do lixo da cidade. Atingir este nível de integração de ações com o resultado obtido é hoje muito difícil em nível estadual, exatamente pelo comprometimento da receita do estado. Mas muito mais próximo de se realizar em uma cidade com a pujança e o povo que tem Novo Hamburgo.
Recuperar as finanças de um estado, que estão comprometidas há mais de duas décadas, não se faz do dia para a noite, nem em um ano.
Este nível que atingimos é o ideal para o município, o Estado e o País. Existe solução para o Estado? Tem solução, e a governadora está no caminho certo. Ela tem muita segurança. Eu acredito muito e ela tem muita coragem. Recuperar as finanças de um estado, que estão comprometidas há mais de duas décadas, não se faz do dia para a noite, nem em um ano. Mas eu acredito muito na coragem desta mulher.
Que solução foi esta para o lixo de Santa Maria do Herval?
Para a realidade de lá, que não compensava instalar uma usina de reciclagem. Seus custos de instalação e manutenção não eram viáveis para as cerca de 30 toneladas de lixo por semana. Licitamos uma empresa que faz o recolhimento e a remessa do lixo para Minas do Leão. Foi a solução mais barata que encontramos para o município.