Entrevista realizada no dia 22/12/2006, por e-mail.
Ito quer resgatar imagem da Câmara
O vereador Ito Luciano (PMDB), eleito presidente da Câmara Municipal de Novo Hamburgo, espera contar com o apoio dos demais parlamentares para fazer o Legislativo ser melhor conhecido pelos hamburguenses.
Ito fica na presidência da casa até o final de 2007, tendo Antônio Lucas (PDT) como vice-presidente, Gérson Peteffi (PSDB) como 1° secretário e Maria Lorena Mayer (PFL) como 2ª secretária.
Nesta entrevista, Ito fala sobre a possibilidade de contratação de mais um assessor para cada vereador, dá sua opinião sobre viagens para congressos e seminários e conta sobre a eleição que o levou ao comando da Câmara e o embate com o colega de partido, Volnei Campagnoni. Confira.
Vereador Ito, qual será sua prioridade no comando do Legislativo Municipal?
Resgatar a imagem do Poder Legislativo junto aos Órgãos Públicos e os meios de comunicação, pois a comunidade precisa conhecer melhor a importância da Câmara. Dar continuidade aos trabalhos e projetos iniciados pelo meu antecessor, sempre de acordo com o que a Mesa Diretora e os Assessores Jurídicos julgarem acertado.
Como o senhor avalia a necessidade de cada parlamentar contar com mais um assessor?
Até o momento não tenho uma posição definida a este respeito. Esta matéria tem que ser exaustivamente discutida com os demais vereadores, até que se chegue a um consenso. Mas a princípio penso que, sempre que podermos melhorar o nível de assessoramento aos nossos gabinetes, isto é bem vindo.
Qual deve ser a política da Câmara com relação às viagens de vereadores?
Sempre é o momento para ser um bom legislador. Não vejo como “viagens” os deslocamentos de vereadores em busca de aprimoramento.
O senhor é contra ou a favor deste tipo de viagem?
Tudo o que sei até hoje aprendi assim, lendo, fazendo cursos, isto é de suma importância para melhorar o padrão do nosso legislativo. Claro, importante também no retorno destes cursos que o vereador emita relatórios ou mesmo repasse informações aos que não foram no evento.
A relação com o colega de partido, Volnei Campagnoni, pode ter sido afetada pelo enfrentamento na eleição da Câmara?
Não, evidente que não, pois respeito os seus posicionamentos. Até me sinto surpreso sendo ele do mesmo partido tomar posições tão contrárias das lideranças.
Como o senhor espera que o Legislativo seja visto pelo Executivo municipal?
Como um poder independente, mas com harmonia, visando sempre resolver os interesses da comunidade.
Como o senhor vê a obrigatoriedade do vereador de permanecer durante toda a sessão?
Quando da votação desta matéria me manifestei contrário, pois o Regimento Interno faculta esta postura. As pessoas têm que entender que não é o fato do Vereador estar presente minuto a minuto na sessão que indica que ele trabalha mais ou menos. Ao contrário, muitas vezes nos ausentamos alguns minutos da sessão para atender pedidos urgentes da comunidade, ou para debater melhor sobre algum projeto que será votado naquele dia.