A farmacêutica Luciana Sandrini Rihl, 41 anos, foi condenada a sete anos e seis meses de reclusão por estelionato. Luciana era proprietária da Vacix, clínica que foi fechada em 2018 após acusações de falsas vacinas.
Segundo a Justiça, Luciana injetava, nos pacientes, agulha com frasco vazio. ‘A culpabilidade da acusada é bem destacada, tendo agido de forma premeditada, guardando embalagens vazias de vacinas já aplicadas a fim de simular novas aplicações. Além disso, como profissional da área da saúde, era especialmente esperado que agisse de forma diversa, pelo que é maior o grau de reprovabilidade das condutas praticadas’, disse, na sentença condenatória, o juiz da 2ª Vara Criminal de Novo Hamburgo, Guilherme Machado da Silva.
O juiz ressalta que os crimes possuiam vantagem econômica indevida. ‘As circunstâncias dos delitos são extremamente desfavoráveis, tendo a ré buscado aumentar seus ganhos em detrimento da saúde das vítimas, de forma vil.’ Ele também enaltece os danos. ‘As consequências dos crimes também são negativas, tendo a condenada colocado em risco a integridade física das vítimas, além de todo o abalo emocional aos adultos e aos genitores das crianças, sem contar a necessidade da realização de exames para verificar se não haviam contraído alguma doença com a falsa imunização e necessidade de buscar a repetição das aplicações.’
O juiz ressalta que a motivação dos crimes é vantagem econômica indevida. ‘As circunstâncias dos delitos são extremamente desfavoráveis, tendo a ré buscado aumentar seus ganhos em detrimento da saúde das vítimas, de forma vil.’ Ele também enaltece os danos. ‘As consequências dos crimes também são negativas, tendo a condenada colocado em risco a integridade física das vítimas, além de todo o abalo emocional aos adultos e aos genitores das crianças, sem contar a necessidade da realização de exames para verificar se não haviam contraído alguma doença com a falsa imunização e necessidade de buscar a repetição das aplicações.’
O CASO
A clínica foi fechada em 2018.
A partir de denúncias e informações concretas repassadas à Polícia Civil – envolvendo uma ex-funcionária –, foram reveladas irregularidades que estariam sendo praticadas no local. A denúncia indica que, em especial, três tipos de vacinas não estavam sendo corretamente aplicadas: contra febre amarela, meningocócica B e meningocócica ASWY. Essas vacinas variam de R$ 130,00 a R$ 595,00 por dose.
Luciana foi multada em mais de R$ 63 mil. O juiz frisa que foram identificadas 12 vítimas crianças e 38 adultos. “Mas a fraude tem alcance real ignorado, pois muitos clientes se vacinavam no local pagando em espécie e sem exigir nota fiscal, e a clínica não possuía os registros obrigatórios de vacinação”, afirma.
Ao mencionar que Luciana não tem antecedentes, Guilherme confronta a conduta dela durante o interrogatório judicial e o depoimento no Conselho Federal de Farmácia. ‘Revelam sua personalidade dissimulada e provocadora, sem mínima consideração pelos clientes ou respeito pelas autoridades, acreditando-se inatingível e sem demonstrar qualquer remorso.’