Uma capacitação promovida pela 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (1ª CRS/SES), por meio da Vigilância Ambiental Estadual, reuniu 37 municípios gaúchos para tratar sobre esporotricose, na manhã desta segunda-feira (08), no prédio administrativo do Complexo Esportivo Municipal Norberto Emílio Rübenich.
A esporotricose é uma doença que pode ocorrer em humanos por meio de uma infecção subcutânea que surge quando o fungo causador entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira, contato com vegetais em decomposição, arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.
A atividade contou com a fala de abertura da bióloga, especialista em saúde da 1ª CRS/SES, Louise Ribeiro Schell, seguida da apresentação da veterinária do Cves, Carolina Schell Franceschina, que trouxe dados e orientações sobre como os municípios devem proceder quando identificar casos de esporotricose em animais ou humanos e depois dedicou uma parte do encontro para os representantes compartilhar relatos de casos e dúvidas.
De acordo com Carolina, o Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Ministério da Saúde, oferece gratuitamente tratamento para esporotricose humana, porém não existe tratamento oferecido pelo Estado ou pela União para os casos registrados em animais.
Uma das dificuldades para lidar com a esporotricose é que a notificação dos casos não é obrigatória, o que dificulta a elaboração de políticas públicas, mas mesmo assim, segundo a apresentação, o número de casos registrados da doença em animais no Rio Grande do Sul, vem aumentando, saltando de 9 registros em 2020, para 625 em 2023. De janeiro e março deste ano, já são 102 casos notificados no Estado.
Segundo a chefe da Vigilância em Saúde de Dois Irmãos, Ednaloi Monteiro Costa, que participou da capacitação, no município, no ano passado, foram relatados três casos de esporotricose em gatos. Edna acrescenta que em caso de dúvidas ou casos suspeitos da doença em animais, ou humanos, os munícipes devem contatar a Vigilância em Saúde, por meio do telefone (51) 3564-8871, para orientação.