O novo sufixo em endereços de sites “.xxx”, sinônimo de sexo em inglês, é usado para sites focados em sexo, a fim de substituir o “.com” e “.org”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Uma ação foi acionada na Justiça para bloquear ou revisar a criação do novo sufixo de endereços em sites: o .xxx ou ponto-xxx. Esse sufixo, criado há pouco tempo, é sinônimo de sexo na língua inglesa e serve para identificar os sites focados em sexo , a fim de substituir os clássicos ponto-com (.com) e ponto-org (.org).
Quem entrou com essa ação foi um dos maiores provedores de conteúdos pornográficos da internet, o Manwin Licensing International SARL, que detém 25 marcas americanas. Entre elas, estão a rede de sites YouPorn.com, que também administra a Playboy Enterprises Inc. na web, em parceria com a produtora de filmes adultos Digital Playground Inc.
Na ação, a empresa alega que a Internet Corporation for Assigned Names & Numbers – ICANN, responsável pela coordenação mundial do sistema de identificadores da internet, como o .org, .museum e .UK, se equivocou ao criar o ponto-xxx. A ICANN, em março, concedeu o direito de criar este novo domínio para a empresa ICM Registry LLC.
Com isso, a Manwin afirma que a ICM abusou de seu poder, pois agora exige que empresas de pornografia e outras comprem endereços de internet com o novo domínio, a fim de afastar possíveis “invasores”. Invasores, para a ICM, são aquelas marcas que registrariam o mesmo nome em domínio diferente como, por exemplo, o YouPorn.xxx.
A ação também alega que a ICM tem “conduta monopolista, manipulação de preços e práticas desleais e anticompetitivas”. Segundo a Manwin, a ICM cobra por um registro anual taxas de U$S 60 por endereço, o que pode gerar grandes custos, afinal, pode haver várias versões registradas de um mesmo site.
A ICM já dá sua resposta à ação da Manwin
O processo pede para bloquear o novo domínio (.xxx), fazer uma relicitação do contrato ou impor ao ICM controle de preços e regras para prestar o serviço. Sobre a ação, o diretor-presidente do ICM, Stuart Lawley, já deu sua resposta: “Estamos seguros de que a reclamação é infundada e vamos defender vigorosamente a criação do domínio”.
A ICANN, que deu este direito a ICM, apenas disse que seus advogados revisam a reclamação, mas que não tinha mais nada a declarar e informar. A ICANN é uma organização sem fins lucrativos, que foi criada sob a supervisão do governo americano e tem como objetivo coordenar a atribuição de nomes exclusivos e números que identificam os computadores ligados à internet.
Informações de The Wall Street Journal
FOTO: Ilustrativa