Os temas relativos ao ESG – conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada – têm sido pauta frequente do Núcleo de Empreendedoras da Associação Comercial de São Leopoldo (ACIST-SL). E para falar do conceito do S (sustentabilidade), o Grupo de Trabalho ESG convidou a sócia da empresa Virando a Terra, engenheira ambiental, Eduarda Jaeger.
“Nosso objetivo é conhecer mais sobre estes processos. Se impactamos um pouco cada uma de nós, terá valido a pena”, ressalta Hellen Fogaça, gestora do GT. Conforme a convidada, com algumas mudanças de hábitos e procedimentos simples, é possível reduzir o volume de resíduos descartados de forma incorreta e que impedem a sua reciclagem e utilização.

O começo é saber quais são os tipos de resíduos e fazer a separação nas casas ou empresas em duas modalidades: recicláveis e não recicláveis. “A seleção de tudo é feita pelas usinas, por isto que é simples”, ressaltou. Todavia, aponta que muitos itens não podem ter reaproveitamento porque não foram separados adequadamente na origem do descarte.
Eduarda informou que no Brasil, cada pessoa gera um quilo de resíduos diariamente. Deste volume, 50% são orgânicos, 40% são recicláveis e 10% são rejeitos. “Precisamos nos perguntar em que momento o que consumimos virou lixo, isto é aquilo que não podemos mais aproveitar de forma alguma e também observar para onde vai o nosso lixo”, ressalta.
A utilidade dos orgânicos
Eduarda apontou que os resíduos orgânicos são muito úteis no dia a dia das pessoas, caso optarem por fazer a seleção correta, transformando-os em compostagem, composto rico em nutrientes para plantas e hortaliças. Desta forma, restos de frutas, verduras, borra de café, erva de chimarrão e casca de ovo irão se transformar em insumo para o plantio de alimentos.
Compostagem precisa ser correta
A compostagem pode ser feita em minhocários, cilindros, caixas de água, pallets ou cilindros. O processo é semelhante em cada um, variando apenas o tamanho desejado. Há minhocários que podem ser instalados em apartamentos, por exemplo. E caso a pessoa ou empresa não tenha condições de ter sua própria compostagem, a Virando a Terra pode atuar neste processo.
A empresa, sediada em São Leopoldo, é a primeira certificada ambientalmente pelo município para fazer a compostagem, faz o recolhimento dos resíduos e os utiliza em uma área propícia para este fim. Em cinco anos de atuação, já soma mais de 50 toneladas de resíduos compostados.