Das 23h08min de terça-feira até as 06h21min de quarta, sete dos 33 trabalhadores foram içados da Mina San José. Tempo médio de resgate varia de 12 a 16 minutos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um misto de emoção, expectativa, fé e alegria envolveu o resgate dos primeiros mineiros soterrados há 70 dias na Mina San José, no Deserto de Atacama, Chile.
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Das 23h08min de terça-feira, dia 12, quando começou efetivamente o resgate, até as 06h21min desta quarta, 13, sete dos 33 trabalhadores foram resgatados. O tempo médio de operação para cada um varia de 12 a 16 minutos. Aparentemente, os resgatados não demonstraram problemas físicos nem psicológicos.
Todos são examinados rapidamente quando chegam e depois levados para o hospital. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, recebeu até o quarto trabalhador. Lágrimas e temor dominaram a chegada do primeiro resgatado, Florencio Avalos, de 31 anos. Emocionado, ele abraçou a mulher e Piñera, depois cumprimentou os resgatistas e as autoridades.
Sem esconder a emoção, o presidente chileno afirmou que o resgate dos trabalhadores, depois de 70 dias, foi um “verdadeiro milagre”. Lembrou que a fé e a força marcam o povo de seu país. Segundo ele, várias provas disso têm sido dadas. O terremoto de 27 de fevereiro, considerado o pior dos últimos 50 anos, e que até hoje faz o país estar em reconstrução, seria o principal exemplo.
COMEMORAÇÃO – O destaque da madrugada foi o resgate de Mario Sepúlveda, de 39 anos, apontado como líder do grupo. Bem-humorado e animado, saiu da cápsula aos pulos, puxou o grito de guerra chileno – “Chi Chi Le Le, Chile” – e só depois abraçou a mulher e as autoridades. Ele distribuiu pedras como “presentes” para a mulher, Piñera e alguns dos resgatistas. Não deixou de sorrir nem quando foi colocado na maca para ser transportado ao hospital.
Também emocionou o resgaste de Jimmy Sánchez Lagues, de 19 anos, o mais jovem do grupo e pai de um bebê, de 3 meses. Fã do Universidad de Chile, Lagues chegou à superfície com a bandeira do time de futebol. O único estrangeiro entre os soterrados, o boliviano Carlos Mamani, de 23 anos, subiu do abrigo até a superfície com a bandeira da Bolívia.
Informações de Agência Brasil
FOTOS: Agência EFE