Manifestações favoráveis e contrárias ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff ocorreram neste domingo, 31 de julho, a menos de dois quilômetros uma da outra em Porto Alegre. No Parque Moinhos de Vento, o Parcão, estava o grupo que defende o afastamento definitivo de Dilma. No Parque Farroupilha, os manifestantes pró-Dilma protestam contra o que chamam de golpe. Os dois começaram por volta das 14h.
No Parcão, a manifestação ocupou parte da Avenida Goethe, que contorna o parque, com bandeiras do Brasil e faixas de protesto, além dos bonecos infláveis de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um terceiro personagem, o juiz federal Sérgio Moro, também ganhou uma versão de boneco, com roupa de super-herói.
O ato foi organizado pelos movimentos Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Brasil Melhor. A coordenadora estadual do MBL, Paula Cassol Lima, ressaltou que um dos objetivos é protestar contra um possível “acordão” dos políticos para enfraquecer a Operação Lava Jato. “Uma das questões principais é a delação premiada. Eles querem impedir que as pessoas que estão presas façam esse tipo de acordo. E nós sabemos que na operação se conseguiu muita informação sobre esquemas gigantes de corrupção envolvendo vários partidos.”
Entre os manifestantes favoráveis ao impeachment, havia pessoas que defendem a monarquia parlamentarista e o retorno da família real ao poder no Brasil. “Já que estamos em um momento de analisar as nossas instituições, que estão extremamente corroídas, nós hoje temos essa proposta de novamente analisar a nossa história e ver efetivamente o que funcionou no Brasil”, disse a advogada Maria Cristina Meneghini. Segundo ela, “os melhores IDH do mundo vêm de monarquias parlamentaristas”.
Contra o impeachment
No Parque Farroupilha, o ato contra o impeachment e o governo do presidente interino Michel Temer é organizado pela Frente Brasil Popular. A manifestação teve apresentações artísticas de músicos e grupos teatrais. Os participantes carregaram bandeiras de movimentos sociais e organizações sindicais, além de faixas de apoio a Dilma e de denúncia ao que os manifestantes consideram um golpe.
Agência Brasil
