Encerramento do texto define o próximo governo como “mais forte no papel do que na prática” e Dilma como sendo uma líder mais fraca do que Lula.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A revista britânica The Economist traz na edição desta semana uma reportagem sobre as eleições brasileiras na qual dá como praticamente certa a vitória da candidata do PT, Dilma Rousseff.
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Confira a matéria completa (em inglês)
A publicação, porém, questiona o alcance do poder que ela terá num futuro governo. Fazendo um panorama das principais disputas em jogo na votação de 03 de outubro, a The Economist afirma que, graças ao apoio do presidente Lula e sua incrível popularidade, Dilma deve vencer José Serra (PSDB), apesar do escândalo envolvendo a quebra do sigilo fiscal da filha do candidato tucano.
A revista aposta que o governo Dilma deve ser o mais forte desde o fim da ditadura, uma vez que o PT pode obter até 390 deputados na Câmara, se contar os aliados, e deve manter sua média de pouco menos de 60% dos senadores necessários para aprovar emendas na Constituição.
No entanto, esse cenário pode não se refletir em poder concreto para a nova presidente, segundo a The Economist. O maior obstáculo de Dilma deve vir de dentro do próprio partido, uma vez que ela se filiou ao PT em 2001 e não cresceu dentro do partido: sua candidatura foi imposta por Lula.
“Os principais parceiros da coalizão que apóiam o PT já estão falando de ministérios e vantagens que esperam obter”, afirma a revista. E encerra: “Com mais assentos e uma líder mais fraca que seu antecessor, o próximo governo pode parecer mais forte no papel do que na prática”.
Informações de portal G1
FOTO: Valter Campanato / ABr