PV fica neutro e candidata à Presidência da República que recebeu quase 20 milhões de votos no primeiro turno se diz decepcionada com rumos da campanha de PT e PSDB.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Se você é um dos quase 20 milhões de eleitores de Marina Silva no primeiro turno das Eleições 2010, não espere uma orientação para decidir em quem votar no dia 31 de outubro.
Reunido em São Paulo neste domingo, dia 17, o Partido Verde – PV decidiu ficar neutro no segundo turno. Não apoiará formalmente Dilma Rousseff (PT), nem José Serra (PSDB). Marina limitou-se a criticar os rumos da campanha de ambos.
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Foram cerca de 120 votantes na reunião e apenas quatro levantaram a mão pela defesa de definir qual dos dois candidatos apoiar. “Estamos definidos nestas eleições como independentes”, anunciou o presidente do partido, José Luiz de França Penna.
Marina Silva leu uma carta endereçada aos candidatos em que se declara neutra. Reclamou do embate que vem se travando entre o PSDB e o PT na reta final de campanha e lamentou que os dois partidos que “nasceram inovadores, hoje se mostram conservadores”. Para a senadora, o segundo turno seria um “pragmatismo sem limites”.
A verde disse ainda que já conviveu com os dois candidatos e que são “pessoas dignas”. Com Dilma, Marina relembrou que teve cinco anos de convivência, quando eram ministras do Governo Lula, e avaliou a convivência como boa, apesar das divergências. Em relação a Serra, citou ocasiões em que convergiram na opinião sobre determinados projetos quando ele também era senador.
EVANGÉLICOS – Marina admitiu que dos cerca de 20 milhões de votos que teve no primeiro turno, havia uma parte considerável de evangélicos e alfinetou o teor religioso da campanha do segundo turno. “Professei minha fé sem fazer dela uma arma eleitoral.” Agora, a candidata do PV acredita que o partido é um “veículo mediador de propostas” e que vai cobrar de quem for eleito a execução das promessas de campanha.
Com informações de Agência Brasil
FOTO: reprodução / Portal R7