Ana Hickmann contou, pela primeira vez, detalhes dos minutos de terror que passou ao ser mantida refém por um homem armado em um hotel de luxo, em Belo Horizonte (MG), no sábado, 21 de maio. A apresentadora, o cunhado e a assessora foram vítimas de uma tentativa de homicídio praticada por Rodrigo Augusto de Pádua, 30, que se dizia fã de Ana Hickmann.
“É difícil de acreditar que aquela imagem, aquela cena, aqueles tiros, aconteceram. Parece cena de filme de terror. Não vou esquecer essas imagens nunca mais”, narrou Hickmann em entrevista ao “Domingo Espetacular”, da TV Record. “A princípio, achei que fosse um roubo, um arrastão. Ele foi de uma frieza, de uma segurança, o tempo todo apontando a arma pra mim. Ele veio determinado a me matar. Olhava pra mim com um ódio. Ele deixou bem claro que, se eu não fosse dele, não seria de mais ninguém. Eu já passei por outras situações [de risco], mas foi a primeira vez que tive certeza que ia morrer”, completou.
Ana Hickmann sofreu uma tentativa de homicídio na tarde de sábado em um hotel de luxo na capital mineira. O suspeito abordou primeiro Gustavo Corrêa, cunhado de Ana Hickmann, no corredor do hotel e o levou até o quarto. Em seguida, o suposto fã fez a apresentadora, o cunhado e sua mulher, a assessora de Ana, Giovana Oliveira, de reféns e obrigou os três a se sentarem de costas para ele.
Bastante agitado, o atirador dizia palavras desconexas. “Não vou atirar em você agora, eu quero que vocês se sentem (…) Você é uma mentira, duvidou do amor que eu tinha por você”, gritou ele para Ana Hickmann, em áudio gravado pelo cabeleireiro da apresentadora, que se escondeu atrás da porta, no corredor do hotel. “Eu não vou matar ninguém, eu sou ser humano, cretina. Eu tenho coração, eu te falei um milhão de vezes, não venha com palhaçada para mim, não”, prosseguiu com os xingamentos.
Foi aí que o cunhado, Gustavo, partiu para cima do criminoso, Rodrigo, que efetuou dois disparos em direção às vítimas –um deles acertou Giovana. Segundo o boletim de ocorrência, “as vítimas saíram correndo do apartamento, e Gustavo entrou em luta corporal, conseguindo desarmar o agressor”.
Ana Hickmann prestou depoimento no 22º Batalhão da Polícia Militar, em Belo Horizonte, e deixou o local bastante abalada já no começo da madrugada deste domingo. Giovana foi levada para o hospital, passou por um procedimento cirúrgico, e não corre risco de morte. A bala acertou o abdome, perfurou o intestino grosso, delgado e uma artéria. O projétil desceu e está alojado no fêmur. Já Rodrigo morreu no local com um tiro na cabeça.
Ainda durante a entrevista, Ana contou que, após o seu depoimento na delegacia, tentou sentir raiva do atirador. “Mas não consegui, senti pena. Onde ele estiver agora, que busque serenidade e consolo”, desejou.