São pelo menos 25 anos que acompanho o esforço do Aeroclube de Novo Hamburgo para asfaltar a pista de pouso e decolagem. Neste período, o Município teve seis prefeitos efetivos e dois interinos. E nenhum deu ouvidos. Teve, inclusive, quem tentou tirar o aeródromo de Canudos, sugerindo ali um distrito industrial.
E se a pista do Aeroclube de Novo Hamburgo fosse asfaltada? Na maior enchente que este Rio Grande do Sul já presenciou, teria sido de grande importância. Muito se ouviu, nos últimos dias, de voos que chegaram em Canoas, na Base Aérea, e em Caxias do Sul, com donativos para os gaúchos atingidos. Só que, com as estradas bloqueadas, o caminho até o destino fica prejudicado.
Semana passada, um voo de Minas Gerais desceu em Caxias com medicamentos e alimentos que tinham como destino Novo Hamburgo. A pista, ensaibrada, não comporta aquela aeronave que atravessou o Sudeste e Sul do País.
O que a diretoria do Aeroclube fez? Colocou quatro aeronaves pequenas para fazer o transporte até o bairro Canudos.
Mesmo com limitações, já chegaram por via aérea, conforme o Aeroclube de Novo Hamburgo, quase 50 toneladas de donativos. Desembarcaram em doses homeopáticas, nos pequenos aviões.
Já pensaram se a pista fosse asfaltada, balizada, iluminada? Receberia voos noite e dia.