Tentativa de homicídio provocou o fechamento da escola do bairro Santo Afonso nesta sexta-feira
Uma tentativa de homicídio impediu a realização de aulas nesta sexta-feira na Escola Estadual do Bairro Santo Afonso, situada na rua Humaitá, quase esquina com a avenida Marques de Olinda. Pouco antes das 7h30min, dois jovens teriam se infiltrado entre a fila de alunos, que se preparavam para entrar na sala de aula, e disparado contra os estudantes J. B. B., 16 anos, e de Alex Fabiano Souza da Silva, 20, já na entrada da sala de aula.
Conforme informações do delegado da 4ª Delegacia de Polícia, do Santo Afonso, Enizaldo Plentz, um dos jovens teria descarregado o revólver contra os dois estudantes, sendo que um tiro atingiu J. no tórax e outro a Alex, na perna direita. “O menor só teria tido tempo de gritar para que a colega Dani corresse e depois foi atingido por um dos disparos”, relata o delegado.
Os dois agressores fugiram do local, enquanto a Brigada Militar e uma ambulância chegavam para prestar os primeiros socorros as vítimas e levá-las ao Hospital Municipal. J. permanece internado, enquanto Alex foi medicado e liberado.
O delegado conta que, ao tomar conhecimento do fato, por telefone, soube também quem eram os autores dos disparos. “Em vez de irmos para a escola, já fomos esperar nas proximidades da casa do adolescente”, diz, se referindo a A.S.S., de 17 anos, que ao perceber a presença da polícia tentou fugir pulando muros e passando por terrenos dos vizinhos. O menor foi preso por volta das 9 horas.
“Antes disso, por volta das 8h, já havíamos prendido, após perseguição, o acusado de ter participado da tentativa de homicídio, Josiel Feliciano dos Santos, de 20 anos”, explica Plentz.

Ainda segundo o delegado, o adolescente de 17 anos, principal acusado dos disparos, já tem passagem pela polícia e já esteve detido na CASE. “Ele é filho de um comerciante do bairro, que não apóia as atrocidades que o jovem vem praticando desde que saiu da CASE e foi viver sua própria vida, depois de ter se casado”, comenta o delegado.
O comerciante Fredolino Vieira da Silva, pai do jovem, estava na delegacia no início da tarde. Muito abalado com a atitude do filho, o pai diz que não sabia os motivos que teriam levado o filho a pegar uma arma e atirar no estudante, que é filho de um vizinho do comerciante. “Não sei como vou fazer para continuar tomando chimarrão com o meu vizinho”, lamentava o comerciante.