A atual gestão alega que assumiu o comando da companhia em maio de 2005 com um déficit de R$ 33,5 milhões
A dívida da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa) é de R$ 12 milhões, informou o seu presidente, Renato Pilger, durante a prestação de contas nesta quarta-feira. Pilger disse ainda que os principais credores são o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Públicos Municipais de Novo Hamburgo (Ipasem) e o Banco do Brasil.
Ao Banco do Brasil, informa Pilger, a Comusa deve R$ 900 mil. O débito é atribuído às últimas três parcelas de um financiamento feito pela entidade, no início deste ano, para quitar uma dívida com a concessionária de energia elétrica, a AES Sul.
As dificuldades aparentemente são grandes para a Comusa para começar de fato a fazer as obras de saneamento básico em esgoto cloacal. O esforço que está sendo feito é para elevar de 2% para 3% o percentual do volume de esgoto tratado atualmente em Novo Hamburgo.
Os números ainda são muito insuficientes. Recentemente, um estudo feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) colocou a cidade na 135ª posição no Rio Grande do Sul entre os municípios com acesso a esgoto tratado. Para se ter uma idéia, a média nacional de tratamento de esgoto é de 47%. Em Novo Hamburgo, o índice é de apenas 1,85%.
Para contribuir para o crescimento deste percentual, na próxima quarta-feira, dia 19, o secretário municipal de Obras, Carlos Miguel Hennemann dará início às obras de infra-estrutura do esgotamento sanitário no Loteamento Morada dos Eucaliptos.
Já Renato Pilger antecipa que pretende fazer um esforço em 2008 para que ocorra a assinatura de convênio com a União, objetivando o tratamento do esgoto doméstico antes dele chegar ao arroio Luiz Rau.
“Dentro do programa Saneamento para Todos do Ministério das Cidades, que utiliza recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, e repassa recursos através do Banrisul, pretendemos levantar os recursos necessários para este projeto”, afirma.
Entretanto, para buscar recursos no Ministério das Cidades, o município tem um pequeno desafio a superar. Conforme o secretário de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Alvício Klaser, Novo Hamburgo ainda não aprovou a criação do Conselho Municipal da Cidade.
“Recentemente, foi realizado a assembléia para a criação do Conselho, porém uma questão de ordem dos trabalhos exigiu que a minha secretaria fizesse o convite oficial a várias entidades definidas no encontro e isso está atrasando o processo”, argumenta.
Novas redes de água
Pilger também informou nesta quarta-feira que está em andamento a substituição e melhoria da rede de água na rua João Hennemann, bairro Rondônia e na Getúlio Borges da Fonseca, no Operário. No total serão investidos R$ 1 milhão e beneficiadas 6,1 mil famílias, com 12 mil metros de tubos. “A nova rede está sendo colocada nos dois passeios das ruas para facilitar os trabalhos na rede e parar com a interrupção das ruas e avenidas a cada obra”, diz.
O diretor da Comusa afirmou que neste ano de 2007 a companhia teria concluído a troca de 22,5 mil metros de canos, nos seguintes locais? Vila Integração, Operário, Vila Nova, Ouro Branco e Santo Afonso. “Foram beneficiadas 6,9 mil famílias e o investimento totalizou R$ 1,6 milhões”, revela.
Pelos planos da direção da Comusa, durante 2008 serão investidos pouco mais R$ 3 milhões na substituição da rede de água das ruas Ícaro, Carioca, Alvear e Alegrete. Serão 33 mil metros de novas tubulações que beneficiarão em torno de 14 mil famílias.