Projeto SOS Rio dos Sinos encaminha parcerias e define atividades do ano, tendo como foco a conscientização ambiental
Este é um ano para a sociedade cuidar do Rio dos Sinos. É desta forma que a coordenadora do projeto SOS Rio dos Sinos, Dione de Moraes, espera o engajamento da comunidade na iniciativa. A comissão de gestão da iniciativa, formada por 23 pessoas, já definiu as ações para 2007 e buscará uma maior conscientização ambiental.
Dione explica que o SOS irá atacar diretamente a poluição dos arroios para melhorar a qualidade do rio, partindo da idéia de que os resíduos industriais e domésticos que chega ao Sinos passam necessariamente pelos arroios de Novo Hamburgo.
“Vamos realizar um trabalho de conscientização para que as pessoas não joguem mais lixo nos arroios e nem as indústrias despejem seus efluentes neles”, comenta Dione.
Entretanto, o SOS Rio dos Sinos não ficará apenas no discurso. O grupo irá promover mutirões de limpeza para retirar o que for possível da sujeira dos arroios. O primeiro mutirão estava programado para este sábado, na nascente do Pampa, no bairro São José. Porém, em razão da infestação de mosquitos, os trabalhos foram adiados.
Os mutirões devem ter a coordenação da Defesa Civil. Entretanto, o SOS pede que voluntários da comunidade se cadastrem para participar da ação ambiental. Para isto, é possível contatar diretamente a coordenadora do projeto pelo telefone 9211-4220.
Apoio da Fepam
Recentemente, Dione apresentou o projeto a técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e diz ter conquistado um importante parceiro. “A Fepam quer a parceria com o SOS Rio dos Sinos. Inclusive, o projeto já integra o Trecho 2 do sistema integrado de gerenciamento ambiental, que debate ações para o rio”, diz.
Ao lembrar que neste sábado, 10 de março, é comemorado do Dia Estadual da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, Dione aproveita para convidar a comunidade a participar das atividades previstas para o próximo final de semana.
Exposição no Espaço Cultural Albano Hartz
No dia 17 de março, iniciou-se uma exposição no Espaço Cultural Albano Hartz, com fotos da mortandade de peixes e informações do projeto Martim Pescador. Segundo Dione, as atividades se estenderão por uma semana.
A Secretaria de Meio Ambiente de Novo Hamburgo irá participar com amostras de água coletadas e apresentação de suas análises. Claire, que trabalha na Secretaria Municipal de Meio Ambiente está presente como uma oficina de reciclagem, confeccionando objetivos através de reciclagem de materiais e resíduos.
Além disso, a Defesa Civil deverá realizar palestras. O evento terá a participação ainda da Companhia Municipal de Urbanismo de Novo Hamburgo (Comusa) e da Apoema, entidade ambiental.
Participam da exposição:
*O Movimento Roessler;
*A Escola Estadual Wolfram Metzel, com uma belíssima maquete da bacia, feita para ser acessada por deficientes visuais e um vídeo realizado por eles.
*A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de NH;
*A APESFA – Associação dos Patrulheiros Ambientais de São Francisco de Assis de São Leopoldo;
*O SOS Rio dos Sinos, com o Plano Estratégico para Sustentabilidade dos Nosso Recursos Hídricoa.
*A COMUSA;
*O 2º Pelotão do Batalhão Ambiental de Sapucaia do Sul, com exposição e palestra.
*O Instituto Martim Pescador e o Clude de Regatas Humaitá ainda não trouxeram seus materiais, mas devem participar da exposição.
Tratamento de esgoto
Dione vê com desconfiança a obrigação de as prefeituras da bacia do Sinos apresentarem um plano de saneamento ambiental, com tratamento de esgotos domésticos, até o dia 11 de abril. A obrigatoriedade foi definida em portaria da Fepam, assinada em 11 de outubro do ano passado.
“Apresentar o plano é uma coisa, mas não há dinheiro para colocá-lo em prática. Por isto que a idéia de um consórcio ganha força”, afirma.
A ambientalista também ressalta que a adoção do sistema de tratamento absoluto é praticamente impossível. “Pequenas estações de tratamento podem ser uma solução, assim como todas as casas terem fossas sépticas. Porém, não há soluções mágicas”, entende.