Segundo o Ministro da Justiça, Tarso Genro, é visível que Dilma Rousseff é a indicação de Lula para ser a candidata pelo PT nas próximas eleições presidenciais
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quinta-feira, 09, em Brasília, que a Ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, é a indicação do presidente Lula para representar o Partido dos Trabalhadores nas eleições presidenciais em 2010. Depois de passar por quatro ministérios no governo Lula, Genro se excluiu da disputa ao dizer que como membro do governo, “subordinado politicamente”, deve respeitar a escolha do presidente. E reconheceu que a opção por Dilma é visível.
Em entrevista concedida à Agência Brasil, o ministro fez uma análise dos possíveis reflexos da atual crise econômica para o governo e para o país. Observou que as alternativas de desenvolvimento econômico criadas pelo governo não serão desconstituídas, criticou a herança recebida do governo Fernando Henrique Cardoso e informou que a estrutura de combate à lavagem de dinheiro redobrará atenções.
Sobre as eleições municipais do último dia 05, Tarso disse que como ministro, recebeu relatório da Polícia Federal, e com a exceção de algumas regiões onde houve alguma instabilidade mais séria, as eleições transcorreram bem e a Justiça Eleitoral e a PF estão de parabéns. “Como dirigente partidário, minha visão é de que o PT saiu fortalecido nas grandes regiões metropolitanas e aumentou em aproximadamente 30% o número de prefeitos, o que reforça a continuidade do projeto representado pelo presidente Lula”, pontuou.
Em relação às divergências internas do PT e em que condições o partido chegará em 2010, podendo ou não oferecer um sucessor de Lula, sendo que muitos analistas avaliam que o pós-Lula seria de falta de alternativas nacionais no partido, o ministro destaca, que são estes os mesmos analistas que diziam que o PT tinha terminado e que a globalização era uma virtude a ser recebida de joelhos.
“O PT está amadurecendo, melhorando seu nível de unidade e não chegará absolutamente unificado em lugar nenhum, porque é um partido plural e tem, dentro de marcos programáticos, diferenças de inflexão sobre várias matérias. Mas chegará suficientemente forte para promover uma coalizão de centro-esquerda e dar continuidade ao trabalho do presidente”, afirmou Genro.
Fonte: Agência Brasil