Com o programa, o teto, cujo valor máximo não foi mencionado, variaria segundo o número de integrantes da família, desde que todas as regras para o recebimento do subsídio sejam cumpridas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A presidente Dilma Rousseff lançou nesta segunda-feira, dia 15, o programa Brasil Carinhoso, que pretende tirar da extrema pobreza famílias com crianças de até seis anos e renda inferior a R$ 70, o programa elevará, em alguns casos, o teto do benefício pago atualmente pelo Bolsa Família, de R$ 306. O governo fará um pagamento adicional ao benefício do Bolsa Família até o limite de R$ 70 por pessoa.
O IBGE considera que uma família está abaixo da linha da pobreza quando a renda per capita é inferior a R$ 70 por mês. Assim, numa hipótese de uma família com oito membros, por exemplo, ter como rendimento mensal exclusivamente o valor máximo do Bolsa Família, cada integrante ganharia R$ 31,75 como benefício adicional à sua renda individual para deixar a pobreza extrema.
A partir das novas regras, o teto, cujo valor máximo não foi mencionado pelo governo, variaria segundo o número de integrantes da família, desde que todas as regras para o recebimento do subsídio sejam cumpridas. Das 13,5 milhões de famílias que hoje recebem o Bolsa Família, apenas 130 mil têm mais de oito integrantes. A medida vai beneficiar, inicialmente, mais de 2 milhões de famílias, que receberão, em média, R$ 80, e 2,7 milhões de crianças.
Os recursos começam a ser pagos em junho deste ano no cartão do Bolsa Família. A ampliação terá impacto imediato de 40% na redução da miséria. O investimento será de R$ 10 bilhões até 2014. A segunda frente do programa é aumentar a oferta de creche, e a terceira, ampliar a cobertura de saúde, incluindo controle de anemia, suplemento de vitamina A e vacinas.
Atualmente, disse a presidente no pronunciamento, 78% das crianças brasileiras em situação de pobreza absoluta vivem nas regiões Norte e Nordeste. Dados do Censo 2010 citam cerca de 16,2 milhões de brasileiros vivendo com renda domiciliar per capita média de até R$ 70. Mas o próprio IBGE faz recortes diferentes, falando também em 12 milhões de pessoas com renda nesse patamar.
A questão, porém, vai além da renda. Muitas das famílias extremamente pobres brasileiras estão isoladas do Estado, dos serviços básicos e da oferta de empregos, ficando alijadas da fase de crescimento do país. É necessário para encontrar essas pessoas e inseri-las no mercado de trabalho, prover-lhes educação e serviços. Essa é a meta do programa federal Brasil Sem Miséria, também lançado pelo governo e que serve de apoio ao Brasil Carinhoso.
Informações de Uol
FOTO: ilustrativa / blog.planalto
