Pesquisadores do último estudo divulgado disseram que serão necessárias mais pesquisas antes que se possa chegar a uma conclusão definitiva.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O recente anúncio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês) de que o uso de telefones celulares pode levar ao câncer reacende um velho debate.
O texto divulgado pelos pesquisadores diz que não há casos comprovados de que isso tenha ocorrido e reconhece que não existe certeza absoluta de que haja relação entre os dois. Os pesquisadores disseram ainda que serão necessárias mais pesquisas nesse campo antes que se possa chegar a uma conclusão definitiva.
Não é de hoje que os cientistas procuram essa resposta. O portal G1 fez um levantamento e relata que, apenas de 2006 para cá, houve pelo menos dez estudos nesse sentido. Os resultados são contraditórios ou inconclusivos.
Veja abaixo que pesquisas são essas.
– Pelo Instituto Nacional de Saúde (EUA), em fevereiro de 2011: telefones celulares aumentam níveis de glicose no cérebro. Células cancerígenas consomem mais açúcar, mas é impossível estabelecer relação entre o celular e o surgimento de tumores.
– Pelo Imperial College de Londres (Reino Unido), em junho de 2010: a proximidade de antenas de celular durante a gravidez não aumenta o risco do desenvolvimento de leucemia ou qualquer outro tipo de câncer na criança.
– Pela Agência Internacional de Pesquisa de Câncer, em maio de 2010: o uso do celular não aumenta o risco do desenvolvimento de meningiomas ou gliomas (tipos de tumores cerebrais) em adultos. A pesquisa não estudou crianças nem outras partes do corpo.
– Por Universidade de Mulheres Ewha, Hospital Universitário Nacional, em Seul (ambos na Coréia do Sul) e Universidade Berkeley da Califórnia (EUA), em outubro de 2009: uma revisão de pesquisas anteriores não obteve conclusão definitiva. Os resultados costumam depender de quem conduz a pesquisa e como os pesquisadores lidam com o preconceito contra o aparelho.
– Pela Universidade Martin Luther de Halle-Wittenberg (Alemanha), em janeiro de 2009: estatisticamente, não foi encontrada nenhuma relação entre o uso de celulares por até dez anos e o risco do surgimento de melanoma ocular (um tipo de tumor maligno no olho).
– Pela Universidade de Tel Aviv (Israel), em fevereiro de 2008: pessoas que usavam o celular contra um lado da cabeça durante várias horas por dia tinham 50% mais de risco de desenvolver tumor nas glândulas salivares.
– Pela Universidade Médica de Mulheres de Tóquio (Japão), em fevereiro de 2008: o uso de telefones celulares não aumenta o risco de câncer no cérebro. A pesquisa avaliou os efeitos dos níveis de radiação do aparelho em diferentes partes do cérebro.
– Pelo Instituto Weiszmann de Rehovot (Israel), em agosto de 2007: cinco minutos de exposição aos sinais de telefonia móvel bastam para estimular a divisão celular. O processo faz parte do rejuvenescimento dos tecidos, mas também desempenha um papel no câncer.
– Pela Sociedade Dinamarquesa de Câncer, em dezembro de 2006: a pesquisa não encontrou nenhuma associação entre tumores e telefonia celular, a curto ou longo prazo.
– Por Universidades de Leeds, Nottingham e Manchester e Instituto de Pesquisa de Câncer em Londres (todos no Reino Unido), em janeiro de 2006: não houve relação entre o risco de glioma e o uso do telefone celular.
Informações de portal G1
FOTO: ilustrativa / GettyImages