Forte chuva da quarta-feira transforma fim de semana de família em um martírio: casa corre risco de desabar
Os problemas causados pela forte chuva de quarta-feira ainda persistem. A família que teve a garagem destruída e a estrutura de sua casa abalada pelo desmoronamento de um muro, na Vila Redentora em Novo Hamburgo, continua a espera de soluções.
Sandra Franth dos Reis que estava em casa na hora do acidente está apreensiva com a situação. “Estamos procurando informações e ajuda. Estive na Defesa Civil e na segunda-feira eles vão a nossa casa para fazer uma perícia. Parece que, se for constatado que é uma área de risco, terei que buscar outras medidas para conseguir ajuda para reconstruir o muro. Nós não temos condições. O muro é muito grande e custará caro”, conta.
O acidente ocorreu por volta do meio dia de quarta-feira, dia 16. Sandra e o filho de 10 anos estavam na casa da mãe. Ela foi para casa minutos antes do acidente e diz que assim que entrou em seu quarto ocorreu o desmoronamento.
“Ouvi aquele estrondo. Era um barulho horrível, eu achei que ia morrer. Fiquei muito apavorada porque sabia que meu filho estava chegando. Olhei pra parede do quarto e ela estava se abrindo. Quando tentei sair do quarto a porta ainda bateu no meu rosto. Eu consegui sair pra rua e só me acalmei quando vi meu filho chorando do lado de fora da casa. Foi por um minuto”, relembra.
Por enquanto, a família está morando na casa de um amigo que cedeu um espaço onde Sandra, Sidinei e o filho, pudessem colocar os móveis e ficarem até poderem voltar ao lar. A casa foi financiada há anos e as parcelas tinham sido quitadas há apenas um mês. As duas motos esmagadas com a queda da garagem eram usadas para trabalhar.
Laudo técnico
O coordenador da Defesa Civil de Novo Hamburgo, Álvaro Lucídio Pinto, diz que nesta segunda-feira será feito um laudo técnico por um engenheiro e um geólogo. Ele conta que a causa do desabamento foi porque, além da área ser perigosa, o muro foi mal construído.
“O muro estava apoiado em um aterro, não tinha estabilidade. Com a chuva, o peso da terra pressionou o muro e ele acabou caindo. Além disso, morar próximo a encostas é muito arriscado. Os moradores sabem do risco que correm”, salienta.
Lucídio afirma que a casa será colocada no lugar com o apoio de algumas máquinas, para que a família possa voltar. “Por enquanto, a situação é controlada e a família está monitorando também. Eles ficaram com nossos telefones de emergência e qualquer problema antes de segunda-feira nós seremos chamados” diz o coordenador.
Segundo Álvaro, a reconstrução do muro pela Prefeitura depende de várias coisas que devem constar e serem esclarecidas pelo laudo, porque se trata de dinheiro público para uma obra privada. “Mas tudo que puder ser feito pela família será providenciado”, afirma.