Desemprego deverá fechar 2007 no menor nível em cinco anos, e pela primeira vez abaixo dos 10%, avalia o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
O desemprego deve encerrar o ano no menor nível desde o início da atual série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, iniciada em 2002. Segundo o órgão, a taxa fechará 2007, em 7,2%, um ponto percentual a menos que os 8,2% registrados em novembro.
O gerente da Pesquisa Mensal de Emprego – PME, Cimar Pereira, informou a agência Brasil, que os resultados são “fantásticos”, tanto na queda do desemprego como na melhoria da qualidade do emprego e da renda. Ele atribui os resultados ao bom momento vivido pela economia brasileira.
“O bom desempenho da economia do país está levando o mercado de trabalho fechar 2007 com o melhor resultado de toda a série histórica”, destacou Pereira. “Os dados de novembro apresentam recordes em todos os seus indicares e bases de comparação e traduzem um ano excepcional do ponto de vista do emprego.”
Para o representante do IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 8,2% em novembro deste ano em comparação ao mesmo mês do ano passado. Isso equivale ao ingresso de mais 709 mil pessoas no mercado formal de trabalho no período de um ano. A população desocupada caiu abaixo dos 2 milhões de trabalhadores o que acontece também pela primeira vez desde o início da série histórica de 2002.
Segundo Cimar Pereira, pautado na serie histórica da pesquisa, que indica uma queda de um ponto percentual na taxa de desocupação entre novembro e dezembro, a taxa de desocupação no país deverá fechar o ano no máximo em torno de 7,2%.
“Estamos com uma taxa recorde, pois fechamos os primeiros 11 meses do ano com índice bem mais baixo do que em anos anteriores. Em 2006, fechamos com 10% de desemprego”, ressaltou.
Para Cimar, o recorde nos empregos formais indica a melhoria na qualidade de vida do trabalhador. “Se o trabalhador tem carteira assinada, ele tem melhor qualidade de vida, tem segurança no emprego, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, décimo terceiro – qualidades fundamentais para que o trabalhador possa viver com maior dignidade”, destacou.
Pela pesquisa, o rendimento da população ocupada atingiu R$ 1.143,60, com aumento de 1,3% em relação a outubro e de 2,4% em relação a novembro do ano passado. A taxa de desocupação de 8,2% registrada em novembro foi a menor desde os 8,3% verificados em dezembro de 2005.
Outro dado significativo diz respeito ao rendimento real domiciliar per capita, de R$ 733,90, que cresceu 2,8% no mês e 4,5% no ano. A massa de rendimento médio real das pessoas empregadas totalizou R$ 24,6 bilhões, crescimento de 1,9% no mês e de 5,4% ao ano.
Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o desemprego ficou estável em novembro em relação a outubro. Na comparação com novembro de 2006, houve queda nas regiões metropolitanas de Recife, 1,4 ponto percentual; Belo Horizonte, 1,8 ponto percentual; Rio de Janeiro, 0,8 ponto percentual; São Paulo, 1,5 ponto percentual; e Porto Alegre, 1,9 ponto percentual. Na região metropolitana de Salvador, o quadro ficou estável.