As paleotocas são tocas cavadas por animais extintos, como tatus gigantes e preguiças, que habitavam abrigos subterrâneos.
Durante a semana, as estudantes Helena San Martins Gonçalves, Isabela Steigleder e Emanuelly Perondi, do 6º ano da Emef Pastor Rodolfo Saenger, tiveram uma aula especial e diferente. Elas estão envolvidas em um projeto de pesquisa sobre paleotocas no município de Sapiranga, e tiveram a oportunidade de visitar essas estruturas fascinantes.
As paleotocas são tocas cavadas por animais extintos, como tatus gigantes e preguiças, que habitavam abrigos subterrâneos. Esses locais são verdadeiros resquícios da megafauna, que eram animais gigantes extintos que viveram na era pré-histórica. Em 2009, durante a retirada de aterro em um ponto da Central de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos de Sapiranga (Cetrisa), uma fenda nas rochas foi exposta, revelando um abrigo subterrâneo formado por oito paleotocas escavadas por tatus gigantes.
Para complementar sua pesquisa, as alunas receberam a visita do geólogo Rodrigo Chaves Ramos, da Secretaria de Meio Ambiente e Preservação Ambiental (Semape), e da especialista em educação ambiental, Maribel Oliveira. Juntos, eles acompanharam as estudantes até o local para uma emocionante visita de campo. Durante a visita, as alunas puderam receber explicações, sanar dúvidas e realizar várias imagens para seu trabalho. A presença de detalhes impressionantes, como as marcas de garras que permaneceram por milhares de anos, deixou as pesquisadoras ainda mais encantadas.
Além das paleotocas na área da Cetrisa, também foi mencionado que há uma outra no bairro Amaral Ribeiro. Esses pontos são monitorados e preservados pelo Projeto Paleotocas, uma iniciativa conjunta de diversas universidades e instituições de pesquisa brasileiras, que tem como objetivo estudar e compreender essas estruturas na Região Sul do Brasil.
As descobertas das paleotocas em Sapiranga representam uma oportunidade única para os estudantes e pesquisadores mergulharem na pré-história e aprenderem mais sobre a fauna que habitou a região milhares de anos atrás. Além disso, a preservação dessas estruturas é de suma importância para a compreensão da história natural e para a conservação do patrimônio geológico e paleontológico do Brasil.