Hamburguenses estão passando por um complexa e difícil situação em meio a espera de cirurgias pelo estado do Rio Grande do Sul, por conta da alta demanda do momento.
O primeiro caso é da idosa hamburguense Eliane Suely Siebel Da Silva, de 63 anos. Eliane teve uma fratura no “coxo femoral”, onde já havia desgaste.
Segundo o filho, Pedro Siebel, ela aguarda a cirurgia desde 19 de fevereiro, em um hospital de referência da região metropolitana. Ela segue internada no Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH). “Por ser uma cirurgia de alta complexidade, ela não é feita aqui. Estamos decepcionados e indignados com tanta demora, minha mãe está cada vez mais fraca, debilitada, com escaras nas nádegas e por conta de estar usando muito tempo a sonda, desenvolveu infecção urinária”, conta Pedro. Ele também lembra que a mãe teve câncer. “Há um ano atrás, ela descobriu um tumor no rim esquerdo, sendo assim mais uma preocupação, pois ela fica deitada na mesma posição e fazendo uso continuo de medicação que pode prejudicar o outro rim”, conta ele.
O outro caso é da hamburguense Loreni Feltz, de 47 anos. Loreni possui bloqueio arterial e trombose nas pernas. Ela está há 1 mês e 4 dias na espera para transferência para Porto Alegre, para sua cirurgia.
A filha, Helen Oliveira, afirma que os leitos de alta complexidade estão com grande demora. “Nos é alegado que os leitos para transferência são demorados, e que tem que aguardar de 2 há 3 meses para a transferência, o que pode implicar na amputação do membro”, disse.
“Estamos exaustos psicologicamente, é uma sensação de impotência. Sai do emprego para conseguirmos dar conta de toda a demanda psicológica que nos atinge”, completa a filha.
CONTRAPONTO
A reportagem tentou contato com a secretária estadual da Saúde, via e-Mail, e aguarda retorno.
A Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo respondeu: “De acordo com a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), as referidas pacientes estão internadas no Hospital Municipal, tendo sido providenciada prontamente pela casa de saúde hamburguense os seus cadastramentos no sistema Gerint, de regulação de leitos pelo Estado. Elas aguardam transferência para um hospital de referência em alta complexidade para cada um dos seus casos em específico. Nesse tempo, as pacientes estão recebendo todos os cuidados e tratamentos possíveis de uma equipe multidisciplinar do HMNH.”