Presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia abre a discussão sobre aumento salarial dos parlamentares
A discussão sobre o reajuste dos salários dos parlamentares foi retomada nesta terça-feira, durante reunião do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), com os líderes partidários. Chinaglia colocou o assunto em discussão e pediu aos líderes que ouvissem suas bancadas sobre a matéria.
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“Solicitei que cada líder consultasse suas bancadas sobre a reposição salarial. Não foi dado prazo para que eles se posicionassem”, disse.
Arlindo Chinaglia contou ainda ter informado às lideranças que pretende tratar do assunto no plenário e que será votado o reajuste que “tiver que ser”. Segundo ele, o assunto será também negociado com o Senado e com o Poder Executivo, para os quais não houve reajuste. A tendência, disse, é de reposição da inflação nos quatro anos em que os vencimentos dos parlamentares não foram reajustados.
“Houve comentários e acho que há unanimidade entre as bancadas. PT e PFL manifestaram de pronto que são favoráveis à reposição das perdas inflacionárias do período”, disse. Se os vencimentos dos parlamentares forem corrigido pela inflação, eles passarão a ganhar mais de R$ 16 mil mensais.
Indagado sobre o salário do presidente da República, Chinaglia afirmou que se for comparado com o salário dos deputados e senadores, e com o dos integrantes do Judiciário, “acho que ele ganha pouco”.
Atualmente, o presidente da República recebe R$ 8.885,48; os ministros, R$ 8.362,80; os parlamentares, R$ 12.847,20; e os ministros dos tribunais superiores, assim como os do Supremo Tribunal Federal, R$ 24.500.
O líder do PFL, deputado Onyx Lorenzoni (RS), informou que a posição de sua bancada é pela reposição de inflação e “nada mais”.
O reajuste dos salários dos parlamentares havia sido elevado pela Mesa anterior da Câmara, de cerca de R$ 12,8 mil para R$ 24 mil. Mas a Justiça revogou a decisão e determinou que a matéria deveria ser votada pelos plenários da Câmara e do Senado.
Tradicionalmente, os vencimentos dos parlamentares, assim como os do presidente da República e dos ministros de Estado, são fixados ao final de cada legislatura, com validade para os quatro anos seguintes.
Fonte: Agência Brasil