Gilmar Sossella aponta queda de qualidade em rodovias pedagiadas e pede rompimento de contratos
O ex-presidente da CPI dos Pólos de Pedágio, deputado Gilmar Sossella (PDT), se pronunciou nesta quarta-feira, dia 30, dizendo que os resultados obtidos pela Agergs na avaliação dos índices de qualidade das rodovias pedagiadas, apenas confirma a necessidade de um novo modelo de concessão no Rio Grande do Sul.
Sossella lamentou que, embora esteja comprovada a queda de qualidade no pavimento, os órgãos responsáveis não aplicam penalidades às concessionárias, que exploram 1.718 km, nos sete pólos rodoviários.
Em 39 trechos, os técnicos da Agergs avaliaram a altura do acostamento – diferença máxima permitida de 5cm com relação à pista, trilhos de roda e trepidações. Conforme os contratos de concessão, estes itens precisão atingir 100% de qualidade.
Enquanto presidiu a CPI dos Pólos de Pedágio, Sossella promoveu vistorias nas rodovias e constatou que esses itens apresentavam o dobro de irregularidade permitida. O acostamento chegou a apresentar até 11 cm de desnível em relação à pista de rolamento.
Inconformado com a situação, Sossella afirmou que o Estado não pode permanecer refém de um modelo ultrapassado de pedágio rodoviário e defendeu o rompimento dos atuais contratos de concessão.
Sossella aponta a falta de investimentos das concessionárias e a omissão da cúpula do Daer, como fatores decisivos para sejam tomadas providências imediatas no sentido de instalar um novo modelo de pedágio no Estado, com tarifas mais baratas e compromisso de duplicar os trechos pedagiados.
Sossella destaca que as atuais tarifas estão, em média, 37% acima do índice inicial estabelecido em contrato, e mesmo assim, as concessionárias ainda querem alegam que falta equilíbrio.
Ao ser indagado até quando esta situação vai permanecer, Sosssella reitera o compromisso de intensificar a articulação política para instalar uma nova CPI na Assembléia Legislativa, com objetivo de ampliar a investigação sobre o sistema de pedágio gaúcho.