Novo Hamburgo divulgou recentemente os resultados do 4° Levantamento de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), referente ao mês de outubro de 2023. Os números revelam uma redução significativa na presença do mosquito transmissor da dengue e de outras doenças em comparação com a análise anterior, realizada em agosto.
O Índice de Infestação Predial (IPP) atingiu 1,7%, indicando que, a cada 59 imóveis vistoriados, um apresentou a presença do Aedes aegypti. Em agosto, esse índice foi de 2,2%, enquanto em maio chegou a 5,9%. Esses dados refletem os esforços contínuos das autoridades de saúde e da população em conter a proliferação do mosquito.
O Ministério da Saúde classifica os municípios com base no IPP, considerando índices inferiores a 1% como satisfatórios, de 1% a 3,9% como alerta e superiores a 3,9% como risco de surto para iminente perigo à saúde pública. Novo Hamburgo, com seu IPP de 1,7%, mantém-se em estado de alerta, destacando a importância de medidas preventivas.
Débora Spessatto Bassani, gerente em Vigilância em Saúde, destaca que, embora os resultados mostrem eficácia nas ações de contenção do mosquito, a população deve manter atitudes preventivas. O alerta reforça a necessidade contínua de reduzir o índice e manter indicadores positivos ao longo do ano.
O levantamento envolveu a vistoria de 3.567 imóveis, com a coleta de 106 amostras de larvas e/ou pupas para identificação, das quais 61,3% foram positivas para o Aedes aegypti. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Novo Hamburgo e a Universidade Feevale.
A análise das amostras revelou que 64,6% dos focos do mosquito estavam em depósitos comuns do dia a dia, como pratos e vasos de plantas, baldes com acúmulo de água e potes de animais. Outros locais propícios incluíram ralos, calhas entupidas, pneus e lixo.
Novo Hamburgo ocupa a 4ª colocação entre os municípios com casos confirmados de dengue no estado, sem registros de óbitos. Bairros como Canudos, Santo Afonso e Liberdade concentraram quase 70% dos casos confirmados.
Até outubro, foram notificadas 3.139 suspeitas de dengue, com 878 casos descartados e 2.205 confirmados. O período sem confirmação de casos durante três semanas é um indicativo positivo, mas as autoridades alertam para os riscos crescentes durante épocas de calor e chuva, que favorecem a proliferação do mosquito.
Débora Spessatto Bassani, da Vigilância em Saúde, destaca a importância de cuidados adicionais durante esses períodos, pois o Aedes aegypti prospera em ambientes quentes e úmidos. Medidas simples, como eliminação de água parada em recipientes cotidianos, podem contribuir significativamente para a prevenção.
A população é incentivada a realizar vistorias semanais em suas residências e adotar medidas como o fechamento adequado de tonéis e caixas d’água, limpeza de ralos, calhas e lixeiras, além da eliminação de pratos de vasos de plantas com areia. Essas ações ajudam a reduzir o risco de proliferação do mosquito e contribuem para a prevenção de doenças como dengue, zika e chikungunya.
O Aedes aegypti, com menos de 1 centímetro de tamanho, tem sua circulação intensificada no verão, época de temperaturas mais quentes e chuvas. O mosquito se reproduz em locais com água parada, destacando a importância de medidas preventivas para impedir seu desenvolvimento.
Os sintomas da dengue incluem febre abrupta, dores no corpo, fraqueza, dor de cabeça, erupções na pele, náuseas e dores abdominais. Em caso de suspeita, a orientação é buscar atendimento na unidade de saúde mais próxima, seguir as orientações médicas, ficar isolado e utilizar repelentes.