Jackson Müller e Renato Breunig tiveram suas saídas anunciadas em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira
A governadora Yeda Crusius anunciou na tarde desta sexta-feira, em entrevista coletiva realizada no Salão Alberto Pasqualini, a definição sobre a crise na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), criada com o atrito entre seu presidente, Renato Breunig, e seu diretor técnico, Jackson Müller.
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Conforme o portal novohamburgo.org havia adiantado na manhã desta sexta-feira, Yeda confirmou a demissão de Breunig e também a saída de Müller.
Por sugestão de Vera Callegaro, secretária de Meio Ambiente, ela anunciou a técnica ambiental Maria Elisa dos Santos Rosa, como diretor técnica da Fepam, e Irineu Schneider, ex-funcionário da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, como presidente da Fepam.
Relações com a Utresa
Questionada se tinha conhecimento da ligação de Breunig com a Utresa (empresa culpada pela mortandade de peixes no Rio dos Sinos), Yeda negou. “Em primeiro lugar, eu não sabia. Em segundo lugar, todo o episódio se tornou público por uma discussão que se deu fora do âmbito do governo”, ressaltou.
Yeda disse também que Breunig defendia a empresa em uma ação de tributos, mas que, no entanto, esta relação não é permitida no serviço público.
“O que uma pessoa profissionalmente faz está registrado em seu currículo. O que tem que acontecer é se libertar de suas relações profissionais para ser um servidor público. E a liberação de funções para se ter outras deve ser feita o mais rápido possível”, disse. “Eu poderia fazer uma lista de advogados do maior porte e que na sua trajetória foram defensores de criminosos autores de crimes hediondos. Isto é uma questão profissional”, completou.
Perguntada se o governo do Estado saía constrangido do episódio, Yeda negou. “Devem estar constrangidos aqueles personagens que atuaram no episódio fora do contexto do governo, sem a transparência do governo”, afirmou.
Quanto ao tamanho do desgaste sofrido, Yeda lembrou que não celebra a necessidade de mudança em função de uma atitude incompatível com o governo. Porém, diz que celebra o fato de o Rio Grande do Sul ter especialistas na área, pois em três dias as trocas foram efetuadas.
Durante a coletiva de imprensa, Yeda não falou sobre a situação do então diretor técnico da Fepam, Jackson Müller, que tinha sua situação publicamente indefinida desde a quinta-feira, quando iniciou seu desentendimento com Breunig.