Na noite deste domingo (7), o motorista de Uber Enedir Wüst, de 48 anos, foi baleado na cabeça, após um assalto, no bairro Jardim Mauá, em Novo Hamburgo. Edenir trabalhava pelo aplicativo, quando, segundo informações da polícia, foi atacado. A investigação está sob comando do Delegado Alexandre Quintão, da 3° DP hamburguense. A polícia ainda apura se o crime de trata de latrocínio ou homicídio tentado.
Com o tiro, Enedir acabou perdendo o controle da direção e batendo contra um muro, na esquina das ruas São Jerônimo com Lajeado.
Segundo a Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), o estado dele é crítico, mas estável. “O paciente passou por cirurgia para retirada do projétil, sem intercorrências durante o procedimento, e seu estado de saúde é estável dentro do quadro crítico do paciente”, disse a Fundação, em nota.
“UM TRABALHADOR”
Agora pela manhã, a reportagem do DuduNews conversou com a cunhada de Enedir, Claudete Viaziminski. Ela está acompanhando a família desde a noite de ontem, quando todos foram surpreendidos com a informação. “Estamos desesperados, sem palavras”, falou.
Enedir é padrasto do filho de sua esposa, e Claudete o definiu como um pai para o jovem, “muito amoroso”. “Eles formam uma família linda. Todos nós estamos em oração pela recuperação dele”, comenta.
A cunhada contou um pouco da história de Wüst, e disse que Enedir é motorista de Uber há poucos meses. “O Enedir é formado em administração, e trabalhou em algumas empresas do Vale do Sinos. A empresa que ele trabalhava fechou, e, então, ele foi trabalhar de Uber neste ano. Um trabalhador, muito honesto”, comentou. Há cerca de 4 meses, ele havia perdido o irmão. “Há 4 meses, ele perdeu um irmão por um acidente de moto. Ele cuidou do irmão, com muito amor”, comentou.
Claudete, que tem 1 filho, disse que o menino tem Enedir como um pai emprestado. “Meu filho o pai dele, e o dindo dele. São as referências”, afirma.
Sobre o crime, a família afirma: “Nós lamentamos demais. Não importa onde que seja, não queremos que isso aconteça com as pessoas. Meu cunhado estava trabalhando, ganhando o ganha pão. Ele estava trabalhando pela família dele”, completa.