Coréia do Norte ameaça realizar “um segundo e inclusive um terceiro ataque” se a Coréia do Sul “realizar provocações insensatas outra vez”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O governo da Coréia do Sul informou nesta quinta-feira, dia 25, que vai reforçar a segurança na fronteira e criar novas regras militares para lidar com ameaças da Coréia do Norte.
Segundo Hong Sang-pyo, porta-voz da Presidência, as respostas do país ao vizinho haviam se tornado “passivas demais”. O disparo de dezenas de tiros de artilharia contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong na terça-feira, 23, provocou a morte de dois soldados e dois civis.
Após a Coréia do Sul anunciar que aumentaria sua presença militar em cinco ilhas no Mar Amarelo, o governo norte-coreano recusou uma proposta de diálogo da representação do Comando das Nações Unidas na Coréia – encarregada de supervisionar o armistício que pôs fim à guerra entre os dois países em 1953.
A Coréia do Norte também ameaçou realizar “um segundo e inclusive um terceiro ataque, sem nenhuma vacilação, se a Coréia do Sul realizar provocações insensatas outra vez”, de acordo com um comunicado divulgado pelo regime comunista. O governo norte-coreano criticou ainda os Estados Unidos pelo aumento do nível de hostilidades entre os países.
Forças americanas e sul-coreanas farão exercícios militares conjuntos no Mar Amarelo a partir de domingo, 28, o que pode elevar ainda mais as tensões na região. Os governos dos dois países consideram que o ataque da Coréia do Norte foi motivado pelo processo de sucessão no regime comunista.
O atual líder Kim Jong-il já anunciou que seu filho, Kim Jong-un será seu sucessor. Apenas algumas horas antes do ataque de terça-feira, os dois visitaram a base de artilharia de onde foram feitos os disparos, segundo informou a mídia da Coréia do Sul nesta quinta-feira, 25.
A ofensiva foi provavelmente ordenada pelo próprio Kim Jong-il, de acordo com uma “fonte governamental bem-informada”, citada pelo jornal “Joongang Daily”. Kim Jong-il está doente e busca fortalecer seu filho mais novo, que aparentemente não tem claro apoio dos militares para sucedê-lo.
Informações de Portal UOL
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