A alta recente do Dólar e o aumento das incertezas econômicas são as justificativas do Banco Central (BC) para a interrupção na sequência de cortes dos juros no Brasil, iniciada há quase um ano. Diferente de outras decisões, esta teve unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que nesta quarta-feira, 19, manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
A manutenção dos uros básicos da economia ocorre após o Copom reduzir a Selic por sete vezes seguidas. Na última reunião, em maio, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, a taxa tinha sido cortada em 0,25 ponto percentual.
Diferentemente da última reunião, que teve um placar dividido, a decisão ocorreu por unanimidade. Em comunicado, o Copom justificou que decidiu interromper o ciclo de queda dos juros por causa do cenário global incerto e porque a alta da inflação doméstica e as expectativas “desancoradas” exigem maior cautela.
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Medida da inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, subiu para 0,46%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos puxaram o indicador após as enchentes no Rio Grande do Sul.
*Informações da Agência Brasil