Ele é um cidadão que marca a história do esporte em Novo Hamburgo. Um verdadeiro campeão. Um superador. Vencedor.
Elio Becker nunca se rendeu a nenhum desafio. Foi aos 11 anos que o hamburguense decidiu que ia construir uma “ideia” de futuro na natação. “Amante” e ex-presidente da tradicional Sociedade Aliança, foi lá que ele começou a construir sua história. “Comecei com 11 anos aqui no Aliança, nadando na equipe. Nadei até 1969, e comecei minha formação de técnico. Neste meio tempo, começou a ter problemas de apoio aqui, e decidi criar minha equipe profissional”, conta ele, em entrevista à reportagem.
Se Elio menciona o amor pelo Aliança, ele não pode esquecer de dizer que, foi nesta cidade e neste clube, que se tornou campeão gaúcho e até Brasileiro de natação. “Nestas fotos que tiraste, lembrei da minha história aqui”, diz, com sorriso no rosto.
FORMAÇÃO
Construindo sua equipe profissional, Becker decidiu agir para ter uma equipe para chamar de sua: era o início da história de Elio Becker como técnico e professor. “Fui professor aqui em Novo Hamburgo de 1969 até 1973. Depois, recebi um convite para trabalhar em Carazinho, e fui. Lá, tive a oportunidade de guardar recursos para abrir o que seria a futura Golfinho”, conta.
GOLFINHO
O capítulo mais importante da história de sua vida começa em 1976, no retorno a capital nacional do Calçado. Em formação, Elio abriu as suas piscinas: ali nascia a Golfinho. “Trouxe um nohall todo de construção da Alemanha. Todo sistema que fiz é di nível europeu: piso quente, umidificador e radiador. Nosso ambiente é seco mesmo tendo no inverno, mesmo estando 2 graus lá fora. Á época, o custo duplicou”, conta.
SALVAR
Com a Golfinho, veio a oportunidade de salvar pessoas. Como menciona o jornalista Aurélio Decker, as suas piscinas foi uma verdadeira “casa de saúde”. Elio comenta: “Nossa piscina de natação salvou muitas pessoas. Quando fui para alemanha, estudei hidroneuromecânica, que é a formatação do uso da água. A pessoa chega com um problema de coluna, a natação não resolve muito, mas não o cura”, diz. “Como tenho um vasto conhecimento do corpo, conhecendo a bioquímica do músculo, comecei a trabalhar a reabilitação, criando esse trabalho de recuperação”, afirma.
76 ANOS…
Mas, o tempo passa, para Elio e para todos. Hoje, ele chega aos 76 anos, e 65 “como peixe”, dentro das piscinas. O mais especial é que, até hoje, o atleta nada todos os dias, as 4h da manhã. E cerca de 2 quilômetros. Questionado sobre como chegar nesta idade, com este “pique de jovem”, ele comenta. “Nunca fumei, nunca bebi álcool. Não sei que gosto tem isso. O dia que eu beber vou fazer uma churrascada para a turma (do Aliança) aqui. Ouvi do meu técnico, com 11 anos, que precisava me dedicar para ser campeão. Sempre levei isso para ser um campeão dentro e fora das piscinas, com humildade”, conta. “Quando atleta, eu chegava aqui no clube e as crianças me enxergavam como exemplo. Preciso fazer aquilo que eu prego, e levo isso comigo”, afirma, também lembrando da família que construiu, ao lado das duas filhas.
Vida e amor para ti, “tio Elio”! Novo Hamburgo te admira, e demais.