A comunidade de Novo Hamburgo segue mobilizada com a luta pela volta da oncologia para a cidade. Afinal, a situação está sendo muito discutida pela comunidade.
Nesta quinta-feira (5), o DuduNews conversou com a advogada hamburguense Gabriela Streb. Mulher engajada da comunidade, presidente da Sociedade Aliança e do Paz Novo Hamburgo, ela afirmou que o maior desrespeito, em sua opinião, nesta história, é que a Liga Feminina de Combate ao Câncer, em sua opinião, uma das principais partes nesta história, não foi avisada ou comunicada sobre o caso: mas soube de surpresa pela imprensa.
“A Liga sequer foi convidada para fazer parte desta ação (Ação Civil Pública que culminou na transferência de referência para Taquara), sendo que essas mulheres batalharam pela oncologia e para trazer a Novo Hamburgo no início dos anos 90, ajudando centenas de pacientes até hoje. A Liga não é playground, nem brincadeira: é o mais importante braço de Combate ao Câncer de Novo Hamburgo”, disse ela.
“Acredito que se a Liga tivesse junto, nessa ação, ela conseguiria intermediar essa situação. Teria conseguido, após muita articulação, uma chave para que ela continuasse em Novo Hamburgo. Para, depois, termos ela no nosso Hospital Municipal”, disse.
Gabriela ainda fala em um retrocesso de 30 anos. “Estamos falando de um caso sério. Estamos falando de pessoas. Essas pessoas terão de ir a Taquara de ônibus, esperar lá até todos serem atendidos para voltar. Só que não são pessoas saudáveis, são pessoas que estão com câncer e lutando pela vida”, disse ela. “Aqui em Novo Hamburgo, o tratamento era aqui. No hospital. A Liga era ao lado. Era tudo aqui, essencial para o paciente”, disse.
Sobre o caso, ela afirma que, pela parte jurídica, deve-se ver o que foi feito para que o atendimento fosse a Taquara. “Contratos existem cláusulas. Precisamos saber como foram feitos esses contratos, e o que deve ser feito. Precisamos saber da parte interessada (Hospital Regina), de como eles devem partir para um retorno. Mas isso precisa ser feito com cautela”, comenta.