Um bando de Quatis foi visto atravessando a Av. Perimetral, em Ivoti, e surpreendeu uma moradora da cidade. Facilmente confundido com Guaxinim, o Quati-de-cauda-anelada (Nasua nasua) é nativo da América do Sul e pode ser encontrado próximo às matas da região.
A travessia foi flagrada e gravada no mês de março pela moradora, que enviou o registro à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Conforme a bióloga e licenciadora da pasta, Sarah Peixe, essa espécie vive em bandos de 4 a 20 indivíduos de fêmeas e juvenis. Já os machos tendem a ficar sozinhos. “O Quati vive em bosques e selvas, podendo se mover com muita facilidade tanto no solo como nas árvores. Além disso, quando vai caminhar, ele apoia suas patas por completo e, para descansar, usa galhos de árvores”, explica.
Entre suas características de identificação, o Quati sul-americano pode ser identificado pela sua pele parda ou preta. De acordo com Sarah, o seu ventre é mais claro e sua cauda possui anéis de dois tons. Inclusive, ele utiliza sua causa para se balançar pelos galhos. “São animais diurnos, mas às vezes o macho faz atividades noturnas. É praticamente onívoro e se alimenta de minhocas, insetos e frutas, apreciando também ovos e legumes. Essa espécie pode atingir 30,5 centímetros de altura e comprimento corpóreo entre 43-66 centímetros, e sua cauda varia entre 22-69 centímetros”, detalha a bióloga e licenciadora.
Conforme Sarah, os Quatis têm o hábito de dormirem no alto das árvores, em posição de esfera. Ainda, costumam pular de um tronco para o outro com facilidade.
Não devem ser domesticados
Apesar da sua aparência amistosa, a Secretaria de Meio Ambiente orienta que os Quatis, assim como quaisquer outros animais silvestres, não devem ser domesticados. “Quando colocado em situações de ameaça, podem ser muito agressivos”, salienta a bióloga e licenciadora.
Além disso, o animal pode acabar transmitindo raiva, doença infecciosa e considerada perigosa, podendo afetar a saúde humana. A Secretaria orienta que animais soltos em áreas urbanas, sem ferimentos e que não oferecem riscos à população devem ser deixados em liberdade. A pasta deverá ser acionada para animais feridos ou capturados por meio do número (51) 3563-6788.