Autarquia busca identificar ligações clandestinas e reduzir perdas reais por meio de fiscalizações e regularizações
A Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo registrou, em 2024, uma perda total de 47,4% da água tratada, conforme dados do Programa de Controle de Perdas do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Esse percentual não se limita à água desperdiçada fisicamente, mas reflete a diferença entre o volume produzido e o faturado pela autarquia.
Perdas faturadas e reais: uma análise detalhada
De acordo com o diretor técnico da Comusa, Neri Chilanti, a perda real corresponde a aproximadamente 27%, enquanto parte significativa corresponde à água utilizada ou consumida sem cobrança formal:
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12,6%: consumo em áreas de subabitação com ligações irregulares
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2,2%: uso em prédios públicos, como escolas e hospitais
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1,6%: água utilizada em procedimentos operacionais, como testes da rede
O restante das perdas está relacionado a limitações na captação de dados por medidores antigos ou fora dos padrões modernos.
Autarquia busca combater irregularidades
A Comusa identificou aproximadamente 8.900 residências com ligações irregulares à rede de água em áreas periféricas de Novo Hamburgo. Muitas dessas conexões são detectadas por meio de fiscalizações regulares. A meta é regularizar essas situações e reduzir gradativamente as perdas faturadas e reais.
Planos para reduzir o índice
A Comusa desenvolve ações para identificar vazamentos invisíveis e regularizar ligações clandestinas como parte de um plano mais amplo de controle e redução das perdas de água tratada. Segundo especialistas, a adoção de metodologias como MASPP ou IWA, combinadas a fiscalização e tecnologia aprimorada, pode melhorar significativamente os resultados.
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