Em 3 de dezembro de 1998, a Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo deu início às operações no Município. Essa conquista foi o resultado de quase uma década de luta por parte de toda a comunidade hamburguense que sofria com recorrentes desabastecimentos e uma infraestrutura precária de tratamento e distribuição de água.
O vice-prefeito e diretor-geral da Comusa, Márcio Lüders, explica que esse modelo garantiu que Novo Hamburgo pudesse ser atendida diretamente e que segue a tendência mundial dos países mais desenvolvidos. “Essa foi a maior luta que nossa comunidade se uniu para conquistar. Com a Comusa, tudo que é arrecadado mensalmente retorna para os moradores em investimentos nas redes, na modernização do tratamento e, agora também, no tratamento de esgoto, não vira lucro para acionistas de outros países”, aponta.
A maior obra da América Latina
Enquanto trabalha para alcançar o Marco Regulatório do Saneamento, em 2033, a Comusa já deu o primeiro passo: a construção da ETE Luiz Rau que é, hoje, a maior obra de saneamento em execução na América. O projeto de mais de R$ 70 milhões vai tratar 50% do esgoto da cidade apenas em sua primeira etapa e mais de 90% quando finalizar as demais partes.
Mudanças climáticas preocupam
Para Márcio, as mudanças recentes no clima, que causaram a pior seca e a maior enchente da história da Comusa, precisam ser enfrentadas também pela autarquia. “Em 2019, demos início a essa luta por reservação de água na Bacia do Sinos. Essa é uma medida que vai nos ajudar a garantir o abastecimento durante a seca e controlar o fluxo de água em épocas de cheia. A mobilização foi ouvida pelo governo do Estado que, por pressão dessa iniciativa que começamos na Comusa, deve apresentar um estudo da Bacia e atuar para trabalharmos nessa questão em que já estamos atrasados”, alerta. “A situação climática vai piorar e precisamos estar preparados.”
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