Nessa época do ano, é comum o surgimento dos borrachudos, isso devido ao cenário de altas temperaturas e grande volume de chuva. Essas condições tornam o cenário perfeito para proliferação do mosquito borrachudo, mosquito cujas picadas causam grande incômodo.
O mosquito borrachudo tem hábitos diurnos e precisa de água corrente para procriar. O seu ciclo de vida dura em torno de 45 dias e o inseto, antes de se transformar no mosquito como conhecemos, passa pelas fases de ovo, larva e pupa, que se desenvolvem na água, deixando-a em sua fase adulta, já na forma de mosquito.
O Departamento de Meio Ambiente de Dois Irmãos realiza regularmente aplicação do larvicida biológico Bacillus thuringiensis israelensis, popularmente conhecido pela sigla BTI. As aplicações ocorrem ao longo de todo ano, em diversos trechos dos principais arroios do município e seus afluentes, como o Arroio da Esquerda, Arroio da Direita, Arroio Capim, Arroio Carpintaria e Arroio Carú, por exemplo. O intervalo entre as aplicações ocorre, em média, a cada 15 dias, podendo variar devido à ocorrência de chuvas. Embora ocorra a aplicação regular, vale ressaltar que segundo o fabricante a eficácia do produto no combate as larvas do mosquito é cerca de 80%.
“Esclarecemos que o mosquito borrachudo não é transmissor da dengue, mas sua picada pode causar alergias e inchaços na pele”, disse Matheus Ferro, chefe do Departamento de Meio Ambiente.
Além das condições climáticas, a elevada proliferação de borrachudos também pode ser agravada por ações humanas. A comunidade pode auxiliar no combate ao borrachudo se atentando a algumas práticas:
Preservar a mata ciliar:
A mata ciliar, aquela às margens de rios e córregos, protege as águas da entrada de luz, causando mais sombra e diminuindo a temperatura da água, o que auxilia na redução da proliferação nas fases iniciais do mosquito. Além disso, a mata também serve como abrigo para os predadores naturais do borrachudo, como sapos e pássaros e também forma uma barreira física que dificulta o deslocamento do inseto para fora destes locais.
Não despejar resíduos as margens dos rios:
O descarte irregular de resíduos pode agravar o problema, pois a matéria orgânica do lixo pode servir como alimento para as larvas do mosquito. Além disso, os resíduos podem servir como superfície de fixação de ovos do mosquito. Caso no interior de sua propriedade tenham um arroio cursos d’água (rios, arroios, sanga, etc.), não acumule ou despeje resíduos orgânicos, inclusive dejetos oriundos da criação de animais.
Não despejar esgoto sem tratamento na rede pública canalizada ou cursos d’água:
O esgoto sanitário gerado em residências, atividades comerciais e indústrias, deve ser destinado ao tratamento por fossa e filtro, antes de ser lançado nos cursos d’água, pois a carga orgânica presente no mesmo serve de alimento para o mosquito em suas fases iniciais. Além disso, realizar a limpeza periódica das fossas e filtros, contribui para que o sistema continue funcionando plenamente
