Ao lado de estrelas como Matt Damon, Jodie Foster e a brasileira Alice Braga, Wagner Moura debuta em Hollywood na ficção científica de Neill Bloomkamp.
Victor Hugo Furtado [email protected] (Siga no Twitter)
O filme Elysium chega aos cinemas de todo o Brasil nesta sexta-feira, dia 20. Aficção científica estrelada por Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga, Diego Luna e William Fichtner marca a estreia do ator baiano Wagner Moura numa superprodução hollywoodiana.
Escrito e dirigido por Neill Blomkamp a trama se passa no ano de 2154, quando a humanidade está dividida em duas classes: os ricos, que vivem numa paradisíaca estação espacial construída pelo homem chamada Elysium, e o resto, pessoas que vivem num planeta superpovoado e arruinado.
A população da Terra está desesperada para fugir da criminalidade e da pobreza nas quais o mundo se afundou e o único homem capaz de estabelecer um equilíbrio entre esses dois mundos é Max (Matt Damon), um homem comum desesperado para chegar a Elysium.
Desigualdade social
Para Wagner Moura o elenco do filme não é óbvio. “O Neill poderia ter contratado qualquer ator que quisessem L.A. Porque trazer um cara do Brasil? Mas eu creio que a temática do filme se presta a um elenco multinacional”, observa o baiano que interpreta Spider, um sujeito de recursos no submundo que ele descreve como uma “mescla de revolucionário com traficante de seres humanos”.
Max e “Spider”
Moura conta ainda que Max e Spider trabalharam juntos anteriormente em negócios não exatamente legais, mas isso já faz muito tempo. Agora que Max está desesperado, Spider está perfeitamente disposto a explorar sua urgência. “Max era bom no que fazia, mas foi embora. Ele só disse: ‘Adeus. Estou indo levar uma vida digna’”, explica o ator, acrescentando que, “e aí, um dia, ele volta e precisa que o meu personagem o ajude a chegar até Elysium, e eu digo: ‘Ver você aqui não tem preço’. Mas eles fazem um acordo, porque Spider tem um trabalho importante que ele sempre quis fazer, mas era perigoso demais”.
O fato de Elysium falar sobre desigualdade social foi um atrativo para o ator baiano, que diz gostar de política. “Acho ‘torta na cara’ maneiro e não me incomodo em fazer um filme só divertido. Mas é um grau a mais quando a coisa funciona também como pensamento”, admite, dizendo que, ficou feliz porque fazer este personagem de um jeito arriscado. “Ele não precisava ser daquele jeito, ter o mesmo vigor, a mesma energia, falar daquele jeito, mancar. Acho que a ideia do Neil era um personagem mais cerebral, mais ardiloso. Ele ficou assustado, mas gostou”, revela.
Está em cartaz:
Cinesystem Bourbon – São Leopoldo
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FOTO: divulgação