Cientistas americanos afirmam que dirigir ao celular diminui em 37% atividade cerebral
O celular é cada vez mais uma peça presente em todos os momentos de nossas vidas. Ficar sem ele, para algumas pessoas, é como se estar despido. E no carro, não seria diferente, apesar das inúmeras leis do Código Brasileiro de Trânsito, que proíbe seu uso quando se está dirigindo.
Pois a lei agora poderá se amparar em mais uma pesquisa. Segundo pesquisadores americanos da Universidade Carnegie Mellon em Pittsburgh, conversar no celular quando se está no volante reduz a concentração de um motorista em até 37%, levando-o a cometer erros semelhantes aos ocorridos quando se dirige embriagado.
O uso de celulares para conversar, discar e enviar texto têm sido motivo de preocupações ligada a questões de segurança, mas este estudo, pela primeira vez, usou imagem de ressonância magnética do cérebro para documentar o efeito do simples ato de ouvir o interlocutor durante uma ligação.
A redução da atividade cerebral associada à direção de um veículo pode levar o motorista a se mover de uma pista para outra de maneira descontrolada, como foi verificado em testes feitos com 29 voluntários usando um simulador. Este é um erro comum entre motoristas embriagados.
As conclusões do estudo, que será divulgado na revista especializada Brain Research, mostram que fazer ligações com celulares sem necessariamente ter que segurá-los na mão não é suficiente para eliminar a distração para os motoristas. Eles precisam manter não apenas as suas mãos na direção mas também o cérebro concentrado na rua, disse o neurocientista Marcel Just, diretor do Centro para Imagem Cerebral Cognitiva.
Outras distrações, como comer, ouvir rádio ou conversar com um passageiro, também podem desviar a atenção do motorista da condução do veículo, mas não se sabe ainda como essas atividades podem ser comparadas ao uso do telefone celular.