Entidades e até políticos locais manifestaram o apoio a iniciativa de construir um pórtico ou monumento de acesso a Novo Hamburgo
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo conseguiu reunir durante o café da manhã desta quinta-feira, 13, realizada em sua sede, dirigentes do Sindilojas, da ACI, do CREA-RS, além do vice-prefeito Raul Cassel, do representante do deputado federal Tarcísio Zimmermann – Florizeu Campos, do presidente da Câmara de Vereadores, Antonio Lucas, o vereador Jesus Maciel Martins, o artista plástico Marciano Schmitz, a representante do Conselho de Turismo, Maria Clara, o coordenador do Pensando Novo Hamburgo, Plácido Crescente e uma série de outros representantes da sociedade e da imprensa, para conversar e trocar idéias sobre a construção de um pórtico para Novo Hamburgo.
O presidente da CDL, Remi Carasai fez uma defesa da construção de um pórtico na avenida Frederico Linck, nas proximidades da BR-116. Para os motoristas que se deslocam no sentido Serra a São Leopoldo, o dirigente afirmou que já está em poder da administração municipal, um projeto antigo, que prevê a construção de um Túnel, no Final da rua Tapes, e que garantiria o acesso a cidade, sem precisar parar o trânsito daquela rodovia. “Precisamos de um ponto de referência para orientar aos visitantes que chegam a cidade pela primeira vez”, argumenta o empresário.
O líder varejista recebeu o apoio da presidente da ACI/NH/CB/EV, Fátima Daudt. Ela disse que as lideranças da entidade acreditam que um pórtico não seria da classe empresarial e sim da comunidade. Pensa que um grupo de trabalho deveria ser formado e este deveria contar com a participação de técnicos da área de trânsito e do CREA. Disse que a entidade apóia a iniciativa e acredita que a realização de um concurso público para criar uma obra arrojada e moderna para a cidade.
O artista plástico Marciano Schmitz fez um aparte se colocando a disposição para ajudar na construção de uma obra de arte para a cidade. “É preciso que uma referência seja eterna e a construção de um marco que demonstre um pouco da cultura da cidade seria interessante neste sentido, e ficaria ainda mais legítimo se os cidadãos ou empresário pudessem participar colocando pedra por pedra com alguma história escrita a seu respeito, pois são os diversos pedaços que constituem um município”, sugeriu.
A vice presidente do Conselho de Turismo da cidade, Maria Clara reclamou muito das entidades e da administração pública, alegando que este tipo de problema que começava a ser debatido na CDL é uma discussão antiga dentro do Comtur e que infelizmente não tem avançado, pois naquela instância – que é legítima, ocorre a circulação de muitas idéias, mas na hora de colocar em prática a proposta acaba não saindo do papel. Para ela falta divulgação das potencialidades turísticas da cidade – queixou-se.
O vice-prefeito Raul Cassel – representando o prefeito Jair Foscarini, disse que Novo Hamburgo nunca teve vocação e nem interesse pelo turismo até recentemente e só depois da mudança do perfil, quando o município deixou de ser estritamente industrial, as atenções se voltaram para a área de comercial e de turismo. “Tornar a Frederico Linck uma entrada oficial para os turistas pode ser uma idéia, porém é preciso pensar em sinalizar e denominar todos os demais acessos a cidade, até porque por eles continuarão passando toda uma expressiva carga de veículos, caminhões e ônibus que ingressam e saem diariamente dos diversos bairros existentes”, pontua.
Cassel vai além: este símbolo pode ser um pórtico ou monumento, porém deve ser perene e ter uma continuidade para não virar um estorvo na cidade. Precisa ser um ponto para as pessoas pararem e tirar fotos e que sirva de referência e não vire algo sujo e de difícil acesso. Existe um estudo para a realização de uma obra lateral a BR-116, desde o viaduto da Sete de Setembro até a Frederico Linck. “Também existe o estudo da construção de uma passarela sobre a BR-116 para atender os alunos da Liberato”, adiantou.
A segunda vice-presidente do CREA-RS, Rosana Oppitz sugeriu que objetivamente seja feito o seguinte: primeiro que ocorra a viabilidade das entradas de Novo Hamburgo, tendo como base a ata da reunião desta quinta-feira, da CDL; É preciso ocorrer uma consulta popular e o compromisso das entidades presentes em dar continuidade a proposta; Além disso ela pensa que é preciso existir um cronograma de trabalho.
Os presentes ainda aproveitaram um pequeno espaço no final do encontro para lançar uma hipótese de aproveitamento da construção de uma futura passarela da Liberato, a ser feita sobre a BR-116, para anexar alguma obra de arte ou indicativo da história e da cultura de Novo Hamburgo. Remi Carasai adiantou que no máximo em 30 dias a entidade estará chamando uma nova reunião e espera já poder dar início as obras. “Antes que a terceira reunião aconteça o trabalho já deverá ter começado”, desafia o dirigente.