A gripe espanhola (H1N1) fez cerca de 20 milhões de vítimas fatais em todo o mundo e atingiu a região de São Leopoldo em outubro de 1918. Apesar do pânico, a comunidade agiu de maneira ativa e mobilizou uma rede de solidariedade aos atingidos. Medidas de isolamento foram adotadas aos enfermos, bem como, foram proibidas as aglomerações em escolas, cinemas e bailes. Dois hospitais provisórios foram montados pelo Exército – nos salões do Orpheu e da Ginástica, cedidos pelos clubes para esse fim. O atendimento aos doentes nesses locais ficou a cargo do médico da prefeitura, Dr. George Naaman.
As mulheres e crianças foram isoladas em outro local, atendidas pelas irmãs franciscanas sob supervisão do médico Dr. Frederico Wolffenbüttel que, de forma gratuita, voluntariou-se para o serviço. Em um pavilhão cedido pelos jesuítas, foi montado um setor de isolamento destinado àqueles que recebiam alta hospitalar. Os custos de alimentação das populações pobres e carentes foi custeado pelos comerciantes da cidade. As indústrias arrecadaram dinheiro para as demais despesas. A sociedade civil se mobilizou também através de uma vaquinha, organizada para coleta de recursos.
Em Novo Hamburgo, então 2º distrito de São Leopoldo, a implantação dos centros de isolamento ficou a cargo do Sr. Leopoldo Petry, sendo muito dos custos financiados pelo industrial Pedro Adams Filho.
Segundo registros oficiais, em São Leopoldo e todos seus distritos foram fornecidos atendimento médico, farmacêutico e alimentar para mais de 1.200 pessoas durante os 3 meses da epidemia. No total, a cidade registrou 60 mortes, entre elas, a do então presidente da Sociedade Orpheu, Sr. Eugênio Brodt.