Segundo médico, São Paulo tem uma média de câncer de laringe acima da média mundial. Poluição, hábito de fumar e beber podem ser causas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Após o câncer de laringe atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Instituto Nacional do Câncer – Inca, afirma que é o tipo de câncer que representa 25% dos tumores malignos identificados na região da cabeça e pescoço. Além disso, a doença atinge entre oito mil e dez mil pessoas por ano no país.
Leia Mais
Médico de Lula afirma que chance de cura é muito grande
Ainda a incidência desse tipo de câncer é maior na cidade de São Paulo, informa o médico José Guilherme Vartanian, cirurgião de cabeça e de pescoço do Hospital A. C. Camargo. De acordo com ele, no mundo a incidência média é de cinco casos de câncer de laringe a cada 100 mil homens. Enquanto em São Paulo, a incidência é de 15 casos a cada 100 mil homens.
Um dos fatores que agravam a possibilidade de ter o câncer de laringe seria a poluição ambiental, segundo o médico. O hábito de fumar e o consumo de bebidas alcoólicas também estão entre as principais causas. “Todo mundo conhece casos de pessoas que fumaram a vida toda e não tiveram câncer. Obviamente não é só o fator externo. Deve haver alguma pré-disposição ou suscetibilidade genética para ter a doença”, acredita José Guilherme.
A laringe é um órgão responsável pela produção da voz e das vias respiratórias, por conta disso, um tumor na laringe pode afetar a voz, a deglutição e respiração de uma pessoa. “Um tumor na região das cordas vocais vai causar algum grau de disfonia, que chamamos de rouquidão. Rouquidões persistentes e progressivas são sinais de alerta para esse tipo de doença. Além de rouquidão, a pessoa pode ter dificuldades para engolir”, alerta o médico.
Quando perguntado sobre o tratamento da doença, o médico afirma que depende do estágio em que a doença foi diagnosticada. Por exemplo, em fases iniciais da doença, ela pode ser tratada por cirurgia ou apenas por radioterapia de forma isolada. Já em fases intermediárias, como no caso do Lula, há uma combinação de tratamentos como quimioterapia e radioterapia associadas.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Ilustrativa / GettyImages
