No entanto, as imagens não configuram crime porque invasão de privacidade ou intimidade não está prevista na Constituição.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O canal de vídeos no YouTube que divulgava imagens de partes íntimas de mulheres, feitas em Curitiba, foi retirado do ar, porque violou repetidamente ou de maneira grave as diretrizes previstas pela Google, dona do site.
Leia Mais
Homem filma partes íntimas de mulheres nas ruas de Curitiba
A conta de acesso do usuário, identificado apenas como “Theoportunista”, foi encerrada. De acordo com o delegado Demétrius de Oliveira, titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes – Nuciber de Curitiba, a divulgação dos mais de 40 vídeos feitos por um homem misterioso não configura crime.
Ele afirma que nos títulos dos vídeos não foram feitos comentários difamatórios, e invasão de privacidade ou intimidade não é crime previsto na Constituição. “A única imoralidade seria a divulgação de imagens sem autorização, que encontraria respaldo apenas na esfera cível e não na criminal”, ressalta o delegado.
Caso a vítima conseguisse provar ser ela a mulher que aparece no vídeo, poderia procurar um advogado e processar o autor das imagens, em vez de abrir um boletim de ocorrência, por exemplo.
Nenhuma mulher procurou o Nuciber para denunciar esse canal de vídeos. “Podemos pedir ordem judicial para identificá-lo pelos registros do Google e das empresas de telefonia, mas, para isso, precisamos que uma vítima se apresente e prove que as imagens divulgadas são dela”, explica o delegado.
Mesmo com o site fora do ar, tudo o que foi divulgado está salvo nos computadores do Nuciber. Qualquer mulher que também tenha os vídeos salvos e se reconheceu nas imagens poderá procurar a Polícia Civil para ser orientada.
Informações de Paraná Online
FOTO: ilustrativa / GettyImages