Altas temperaturas fazem Novo Hamburgo iniciar desde já o combate ao mosquito transmissor da doença
A Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo esteve reunida e definiu pelo reinício imediato do combate ao mosquito da dengue. “Se a doença entrar aqui, poderemos ter 15 mil cidadãos doentes neste verão”, alerta o vice-prefeito Raul Cassel, que esteve participando da reunião com as entidades do setor, ocorrida na tarde de quarta-feira.
Ele relata que muito rapidamente os monitores da dengue entrarão em ação para atuar junto à comunidade, no sentido de prevenir o surgimento das larvas e dos mosquitos aedes aegypti, devido a chegada do calor forte.
“As baixas temperaturas que se fizeram sentir no município recentemente, serviram apenas para estagnar o avanço deste processo que já foi fortemente combatido no verão passado e que agora exige uma continuidade. Do contrário, as larvas podem aparecer como aconteceu no passado, principalmente nos bairros Santo Afonso e Industrial”, argumenta Cassel, que também é médico.
O vice-prefeito informa que as ações dos agentes deverão passar pelas escolas, no sentido de conscientizar a comunidade escolar da importância de se acabar com os possíveis espaços de armazenamento de água, considerando que a água parada é um importante local para servir de criatório para o mosquito transmissor da dengue depositar seus ovos.
Para reforçar a equipe de agentes da dengue, a administração municipal deverá contar com o apoio da Defesa Civil, da Guarda Mirim e dos Bombeiros Mirins e voluntários em geral da comunidade.
A Vigilância Sanitária convoca a comunidade para utilizar a central de relacionamento da administração municipal (0800-646-0080) e denunciar possíveis focos de entulhos que possam manter reservatórios de água da chuva, os quais podem gerar a larva do mosquito da dengue. “Novo Hamburgo precisa estar atenta, porque em 2006 registrou um caso de um cidadão que trouxe a doença de fora do Estado”, observa Cassel.
No início de 2007, a prefeitura instalou cerca de 300 armadilhas para identificar possíveis focos de mosquitos da dengue e evitar a sua proliferação. Na época, o então secretário municipal de Saúde, Raul Weber, declarou ao novohamburgo.org que uma larva pode ficar de 400 a 600 dias incubada, e só depois se desenvolver, além do fato de um mosquito poder infectar até 20 pessoas por dia.