Após subir em junho, a criação de empregos formais caiu em julho no Brasil. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 188.021 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
Mas criação de empregos subiu 32,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em julho de 2023, haviam sido criados 142.107 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Em relação aos meses de julho, o volume foi o maior desde 2022.
Nos sete primeiros meses do ano, foram abertas 1.492.214 vagas. Esse resultado é 27,2% mais alto que no mesmo período do ano passado. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores.
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Todos os setores aceleraram
Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais em julho. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 79.167 postos, seguidos pela indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 49.471 postos a mais. Em terceiro lugar, vem o comércio, com a criação de 33.003 postos de trabalho. O nível de emprego aumentou na constrição civil, com a abertura de 19.694 postos. Mesmo com a pressão pelo fim da safra de vários produtos, a agropecuária criou 6.688 vagas no mês passado.
Após enchentes, RS tem saldo positivo
O Rio Grande do Sul registrou saldo positivo de empregos em julho, com 6.690 novos postos formais de trabalho. Após a enchente de maio, esse é o primeiro mês em que isso ocorre. Foram 129.392 contratações e 122.702 desligamentos no mês. Em 2024, o Estado criou 45.329 mil vagas de trabalho com carteira assinada.
Segundo o Novo Caged, o setor de serviços liderou o ranking de saldos positivos com 2.249 postos de trabalho com carteira assinada, seguido pela construção, com 2.090; comércio, 1.344; e indústria, com 1.163. O único setor que demitiu mais do que contratou foi o da agropecuária, que teve saldo negativo de 156. Em julho, o saldo foi positivo para as mulheres, com a geração de 3.511 postos, e para os homens, com 3.179 vagas.
Acumulado do Estado
No acumulado de 2024, o saldo do Estado também é positivo. De janeiro a julho, foram 914.489 admissões e 869.160 demissões. O setor de serviços lidera as contratações, com saldo de 22.801 mil postos de trabalho formais no ano.
*Com informações da Agência Brasil.