A cidade gaúcha de Rolante, no Vale do Rio do Paranhana, é apontada como liderança no contexto global do uso de criptomoedas e da inovação tecnológica financeira no Brasil. Essa ambição é perseguida por meio do Projeto de Lei (PL) 63/2024, de autoria da deputada estadual Delegada Nadine, que inclusive já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa na última semana.
A matéria tem como objetivo oficializar a posição de liderança, e torna o município a “Capital Estadual do Bitcoin”. Após o avanço na CCJ, a proposição seguirá para apreciação de comissão de mérito do Parlamento, buscando tramitação conclusiva e, posteriormente, sanção do governador Eduardo Leite.
A justificativa é de que Rolante tem hoje, aproximadamente, 500 CNPJ’s no setor varejista, dos quais 194 aceitam Bitcoin como forma de pagamento. Os números inclusive superariam grandes centros urbanos, como Porto Alegre, que possui 104 pontos de aceitação, e São Paulo, com apenas 42 (informação do btcmap.org).
Outro fator assinalado pela parlamentar é o fato de Rolante sediar o Bitcoin Spring Festival, um dos maiores festivais de Bitcoin do mundo. “O evento anual reúne entusiastas, empreendedores e líderes da indústria para debater os avanços e desafios da criptomoeda”, aponta Nadine.
Bitcoin roda pela ‘praça’
Outro aspecto que reforça a relevância de Rolante no cenário das criptomoedas é a adoção nativa do Bitcoin pelos habitantes. Diferente de outras localidades, onde intermediários convertem automaticamente o Bitcoin em moeda fiduciária, em Rolante moradores e comerciantes utilizam diretamente a criptomoeda, demonstrando uma compreensão mais avançada e prática sobre seu uso como forma legítima de pagamento.