Um número não determinado de manifestantes afegãos também morreu. Protesto seria resposta ao pastor americano que queimou um Corão.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Cinco nepaleses e três outros funcionários estrangeiros da ONU foram mortos nesta sexta-feira, dia 1º, durante ataque contra o escritório da ONU no Afeganistão, em que um número não determinado de manifestantes afegãos também morreu, informou uma fonte oficial das Nações Unidas.
Os funcionários estrangeiros da ONU foram mortos quando um grupo atacou o escritório da ONU em Mazar-I-Sharif, principal cidade do norte do país. Um porta-voz da polícia de Mazar-I-Sharif, Lal Mohammad Ahmadzai, afirmou que insurgentes “talibãs se infiltraram entre os manifestantes”.
Cerca de mil manifestantes lotaram as ruas da normalmente pacata cidade após as orações de sexta-feira, num protesto contra a queima de um exemplar do Corão por um pastor evangélico americano. Após no mínimo duas horas de protesto, a violência começou. Um grupo atacou o escritório da ONU, atirando pedras e escalando barreiras para tentar invadir o local.
Uma fonte policial, que se recusou a ser identificada porque não tem autorização para falar com a imprensa, disse que os manifestantes atacaram as vítimas dentro do complexo da ONU.
Pastor queima Corão
nos Estados Unidos
Na noite de domingo passado, o pastor evangélico Terry Jones queimou um exemplar do Corão no interior de sua igreja em Gainesville, Flórida, uma atitude da qual tinha desistido há meses ante as reações do mundo muçulmano. O pastor celebrou um “julgamento” no interior de sua igreja no qual o livro sagrado dos muçulmanos foi declarado “culpado” de vários delitos, entre eles, assassinato.
Os manifestantes fizeram uma declaração exigindo que o governo afegão “rompa qualquer ligação diplomática com os Estados Unidos se eles não julgarem o pastor que queimou o Alcorão”.
Eles pediram ao Parlamento afegão que “declare ilegal a presença de tropas estrangeiras no Afeganistão”, onde cerca de 132.000 soldados estrangeiros apóiam o governo de Cabul contra os insurgentes talibãs.
Informações de portal G1
FOTO: reprodução / Mustafa Najafizada- AP